Pelo menos 16 mortos após explosão de uma bomba no nordeste da RDCongo

Agência Lusa , AM
11 fev 2023, 14:31
Embaixador italiano morto no Congo

Bomba está relacionada com os combates entre as Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDCongo) e os rebeldes M23, apoiados por tropas do Exército ruandês

Pelo menos 16 civis morreram na sexta-feira após a explosão de uma bomba no nordeste da República Democrática do Congo (RDCongo), onde há meses os rebeldes M23 e o Exército travam combates contínuos, disseram este sábado fontes da sociedade civil.

"Soubemos que uma bomba caiu em Kahimuro (povoado da chefia Bwito, no território de Rutshuru) causando vítimas. O ataque ocorreu quando voltavam do seu trabalho na agricultura”, disse à agência EFE o presidente da sociedade civil do território, Jean Claude Bambeze.

Segundo o ativista, esta bomba está relacionada com os combates entre as Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDCongo) e os rebeldes M23, apoiados por tropas do Exército ruandês.

"O balanço foi revisto em alta desde hoje de manhã. Encontramos mais 11 corpos e com os cinco de ontem (sexta-feira), foram encontrados 16 corpos", disse à EFE Prosper Bahuru, porta-voz da sociedade civil de Rutshuru.

Prosper Bahuru salientou que o balanço ainda é provisório, referindo que a bomba veio de uma área sob controlo dos rebeldes M23.

Desde o recomeço dos combates do M23 em março de 2022, após vários anos de calmaria, este grupo rebelde ocupou áreas e inúmeros locais estratégicos no leste da RDCongo, e o receio da violência obrigou mais de meio milhão de pessoas a deixar as suas áreas de residência, segundo as Nações Unidas.

Os rebeldes já controlam duas das três estradas que ligam a capital Kivu do Norte e uma das cidades mais populosas da região, Goma, com o resto do país.

OS avanços dos rebeldes coincidem com uma escalada de tensões entre a RDCongo e o vizinho Ruanda sobre a alegada colaboração de Kigali com o M23.

Ruanda sempre negou esse ponto, apesar de pelo menos dois relatórios da ONU confirmarem a cooperação.

África

Mais África

Patrocinados