Râguebi: lobos esmagam Quénia e estão a um empate do Mundial

12 nov 2022, 17:50
Seleção de râguebi venceu o Quénia por 85-0

Seleção vai disputar uma autêntica final na próxima sexta-feira frente aos Estados Unidos

A seleção portuguesa de râguebi atropelou este sábado o Quénia por 85-0, na segunda jornada do torneio de repescagem para o Mundial França2023, e deu um sinal de força aos Estados Unidos, adversário da próxima sexta-feira num jogo que será uma autêntica final para os lobos.

Com oito alterações no quinze inicial em relação ao jogo anterior, frente a Hong Kong, a seleção portuguesa cumpriu todos os objetivos traçados pelo selecionador, ou seja, ganhou, fez o ponto de bónus ofensivo e ainda conseguiu o «extra», nas palavras de Patrice Lagisquet, de ganhar vantagem sobre os Estados Unidos na diferença de pontos, o primeiro critério de desempate.

É que, já depois do triunfo dos lobos, os norte-americanos venceram Hong Kong por 49-7, resultado insuficiente para recuperar a vantagem nos pontos marcados e sofridos conseguida na primeira jornada, quando venceram o Quénia por 68-14 e Portugal bateu Hong Kong por 42-14.

Mas a melhor notícia para Patrice Lagisquet e para o râguebi português foi mesmo a disponibilidade física de todos os jogadores e a capacidade demonstrada pelas segundas linhas do plantel que viajou para o Dubai, com o objetivo de garantir, pela segunda vez na história, um lugar no Mundial.

O festival de 13 ensaios começou através do pack avançado, logo no primeiro minuto de jogo, por Thibault de Freitas, e continuou com Mike Tadjer (7), que viria a marcar novamente na segunda parte (45), antes de as linhas atrasadas assumirem o jogo veloz e à mão que caracteriza o jogo dos lobos.

Manuel Cardoso Pinto (16), José Lima (22), Vincent Pinto (32, 47), Tomás Appleton (49, 60), José Rebelo de Andrade (53), João Belo (72) e Lionel Campergue (77) também cruzaram a linha de meta, havendo a somar, ainda, um ensaio de penalidade (69), sete transformações de Samuel Marques (2, 8, 17, 23, 34, 49, 54), uma de Jerónimo Portela (61) e outra de Nuno Sousa Guedes (78).

Mais disciplinados do que no encontro anterior, frente a Hong Kong, os portugueses beneficiaram ainda da indisciplina dos africanos para jogar quase toda a segunda parte em superioridade numérica, após a expulsão de Brian Juma (42), por acumulação de cartões amarelos, e não enjeitaram a oportunidade para passar de 35-0 ao intervalo para os 85-0 finais.

Mais do que a vitória e o primeiro lugar na classificação do torneio de repescagem, Portugal conseguiu ainda dar ritmo a jogadores menos utilizados, poupar os mais sobrecarregados e esconder dos EUA as suas principais armas, deixando o adversário com dúvidas sobre a equipa que irá alinhar na sexta-feira.

Mas não serão apenas os norte-americanos a debaterem-se com dúvidas, neste momento. O selecionador de Portugal, Patrice Lagisquet, também ganhou uma boa dor de cabeça para escalar a equipa que vai defrontar os norte-americanos, na sexta-feira.

Portugal e EUA defrontam-se na sexta-feira, às 15:30, em encontro da terceira e última jornada do torneio final de repescagem para o Mundial de França2023, que se assume como uma autêntica final, com as duas equipas empatadas no topo da classificação da prova que atribui a última vaga.

Portugal precisa «apenas» de ganhar ou empatar para voltar a marcar presença num Mundial, no próximo ano, dezasseis anos após a história participação dos lobos no Mundial2007, também em França.

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