Líderes da Ásia-Pacífico reúnem-se após Pyongyang lançar míssil intercontinental

Agência Lusa , AM
18 nov 2022, 07:22
Coreia do Norte (Associated Press)

Primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, descreveu o lançamento como "absolutamente inaceitável"

A vice-presidente dos EUA vai reunir-se esta sexta-feira de emergência com os líderes do Japão, Coreia do Sul, Austrália, Nova Zelândia e Canadá, na sequência do lançamento da Coreia do Norte de um míssil intercontinental, informou a Casa Branca.

Kamala Harris, que se encontra em Banguecoque, na Tailândia, a participar na cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), vai reunir-se com os cinco líderes para uma consulta "sobre o recente lançamento de um míssil balístico da RPDC [República Popular Democrática da Coreia]", disse fonte da Casa Branca, citada pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A Coreia do Norte disparou esta sexta-feira um míssil balístico intercontinental, que caiu no mar, em águas da Zona Económica Exclusiva (ZEE) do Japão, anunciou o Ministério da Defesa nipónico.

Num comunicado, o ministério disse que Pyongyang “lançou um míssil balístico do tipo ICBM de uma posição perto da costa oeste da península coreana aproximadamente às 10:14” (01:14 em Lisboa).

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, descreveu o lançamento como "absolutamente inaceitável", confirmando que o míssil caiu em águas dentro da ZEE do Japão, perto da ilha de Hokkaido (norte), sem aparentemente ter causado quaisquer danos a navios ou aviões.

Também o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul disse num comunicado que o lançamento provavelmente envolveu um míssil balístico intercontinental.

O gabinete presidencial da Coreia do Sul disse que convocou uma reunião de segurança de emergência para discutir o lançamento norte-coreano.

Se confirmado, seria o primeiro lançamento de um míssil ICBM por parte da Coreia do Norte num período de duas semanas.

Em comunicado, a Casa Branca disse que o lançamento vem aumentar desnecessariamente a tensão e representa um risco desestabilizador para a segurança na região. Constitui, além disso, uma violação flagrante de várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

Nesse sentido, Washington pediu a condenação internacional do lançamento e apelou à Coreia do Norte para que se sente à mesa de negociações para conversações sérias.

A Administração de Joe Biden indicou que a porta da diplomacia não está encerrada, mas que Pyongyang deve cessar de imediato as ações desestabilizadoras.

Já na quinta-feira, o regime de Kim Jong-un tinha disparado um míssil balístico em direção ao mar do Japão.

Os lançamentos coincidem com a visita do Presidente do Governo de Espanha, Pedro Sánchez, à vizinha Coreia do Sul e ocorrem depois de o regime de Pyongyang ter disparado cerca de trinta mísseis, no início de novembro, em resposta a exercícios aéreos conjuntos de Seul e Washington.

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