Sindicato dos Profissionais de Polícia lamenta que não tenha sido respeitado o acordo assumido pela maioria das estruturas sindicais que compunham a plataforma
O Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP/PSP) criticou esta quarta-feira os três sindicatos que aceitaram a proposta do Governo para um aumento de 300 euros no suplemento de missão, lamentando que não tenha sido respeitado o acordo assumido pela "maioria das estruturas sindicais" da plataforma.
Em comunicado enviado às redações, o SPP/PSP, a organização sindical representativa das três classes existentes na PSP, explica que, tal como os restantes sindicatos que compõem a plataforma, reuniu-se com o Ministério da Administração Interna (MAI) esta terça-feira para negociar o aumento do suplemento de missão.
Todavia, o SPP/PSP diz ter sido ouvido já depois de duas organizações sindicais (SNOP e ASPP), que concordaram com a proposta apresentada pelo MAI. Assim, "ficámos desde logo com uma margem muito reduzida para conseguirmos alcançar um acordo justo", salientam.
"O facto de existirem organizações sindicais a assinar a proposta que o MAI apresentou (220€ iniciais, representando menor valor líquido e com possibilidade de afetar o escalão de IRS), dá força à desconsideração que o atual aumento representa, principalmente para com os que atuam na 'linha da frente'", critica o SPP/PSP, lembrando que, "enquanto membros da 'plataforma', existia um acordo assumido pela maioria das estruturas sindicais que a compunham, no sentido de não se aceitar menos de 400 euros de aumento e que as decisões seriam todas tendo em conta a maioria".
No final, "nem foram respeitados os valores mínimos e acabaram por 'assinar' só três sindicatos, que representam uma minoria de organizações da 'plataforma' (ASPP, SNCC e SNOP), sendo que duas delas são as que menos polícias representam", indica o SPP/PSP, no mesmo comunicado.
O SPP/PSP, por sua vez, "não assinou a proposta do Governo e continuará a lutar por um suplemento de 'risco' digno, sem diferenciação entre polícias da PSP, em igualdade com a PJ, pode ler-se ainda.