Novo Banco: PSD quer ouvir Governo, BdP e administração do banco sobre auditoria

Agência Lusa , FMC
13 jul 2022, 08:23
Luís Montenegro discursa no encerramento do 40.º Congresso Nacional do PSD (Lusa)

“Acho que todos compreendem que ser dito que entidades públicas não defenderam o interesse público e que isso custou milhares de milhões de euros aos portugueses é obviamente extraordinariamente preocupante e precisa de esclarecimento", defendeu António Leitão Amaro

O PSD vai requerer as audições no parlamento do Governo, Banco de Portugal e administração do Novo Banco por causa das conclusões da auditoria do Tribunal de Contas àquela instituição bancária, que o partido considera serem “extraordinariamente preocupantes”.

“É extraordinariamente preocupante que [a auditoria] conclua que entidades públicas não salvaguardaram o interesse público e isso tenha implicado apoios públicos de milhares de milhões de euros a um banco privado”, disse à Lusa o vice-presidente do PSD António Leitão Amaro, depois desta terça-feira ter sido conhecido o relatório da segunda auditoria do Tribunal de Contas ao Novo Banco.

António Leitão Amaro precisou que nas próximas horas o PSD vai entregar um requerimento para que os responsáveis do Tribunal de Contas vão ao parlamento apresentar e explicar esta segunda auditoria – tal como aconteceu com a primeira-, sinalizando desde já a intenção do seu partido em pedir as audições do Governo, Banco de Portugal, Fundo de Resolução e da administração do Novo Banco.

“Acho que todos compreendem que ser dito que entidades públicas não defenderam o interesse público e que isso custou milhares de milhões de euros aos portugueses é obviamente extraordinariamente preocupante e precisa de esclarecimento”, afirmou o dirigente social-democrata.

A gestão do Novo Banco com financiamento do Estado “não salvaguardou o interesse público”, identificando-se “riscos de conflito de interesses” em operações efetuadas e “práticas evitáveis” que oneraram o financiamento público, divulgou esta terça-feira o Tribunal de Contas (TdC).

“A gestão do NB [Novo Banco] com financiamento público não salvaguardou o interesse público, por não ter sido otimizado (minimizado) o recurso a esse financiamento, através da verificação das condições identificadas pelo tribunal, em consonância com os termos solicitados pela Assembleia da República”, lê-se nas conclusões de uma auditoria realizada pelo TdC ao Novo Banco.

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