Secretário-geral do PSD diz que partido está pronto para governar e acabar com "empobrecimento" a que o PS conduziu o país

Agência Lusa , BC
28 fev 2023, 07:09
Hugo Soares no Conselho Nacional do PSD

Hugo Soares defendeu que o Governo não tem autoridade política e "troca de ministros e secretários de Estado à média de mês"

O secretário-geral do PSD, Hugo Soares, assumiu segunda-feira que o partido está pronto para ganhar eleições e governar Portugal e acabar com o “empobrecimento” a que o PS alegadamente conduziu o país nos últimos sete anos.

“Há uma coisa que vale a minha palavra e eu quero que o meu partido saiba que, no dia em que houver eleições, o PSD está preparado para as ganhar, para ser alternativa que Portugal merece e para governar Portugal”, afirmou Hugo Soares.

O secretário-geral do PSD falava em Tondela no arranque das jornadas “Construir Alternativa” que decorrem até 19 de março e vão levar a todos os distritos do país responsáveis do partido para apresentar as propostas de governação.

Antes da intervenção do secretário-geral um vídeo de cinco minutos destacava as principais linhas das propostas defendidas pelo PSD para, de seguida, Hugo Soares pormenorizar “olhos nos olhos” dos presentes durante pouco mais de meia hora.

Entre os pontos principais, Hugo Soares destacou a “uma taxa máxima de IRS de 15% para jovens até aos 35 anos” ou a “redução do IRC em dois anos para que as empresas libertem recursos e possam pagar melhores salários”.

Sobre a habitação Hugo Soares apresentou a recém-proposta do partido, para a educação defendeu que o “tempo dos professores deve ser considerado” e acusou o PS de ser “incapaz de resolver a falta de professores para mais de 60 mil alunos como aconteceu no primeiro dia de aulas” em setembro.

No setor da saúde, o secretário-geral disse que a solução passa por uma “parceria entre o setor público, social e privado” e não a atual política do Governo que, “como resultado, nunca os privados em Portugal ganharam tanto dinheiro na saúde”.

“É como na escola pública, os portugueses mesmo não podendo, mas porque não podem ter uma criança à espera cerca de 1.000 dias por uma consulta oftalmológica, vão ao privado (…) é razão para qualquer governante se encher de vergonha ”, apontou.

Neste sentido, Hugo Soares acusou o Governo de “empobrecer, do ponto de vista real” os portugueses e “do ponto de vista dos serviços que não presta às populações, é o mesmo que mais impostos cobra” aos cidadãos.

“É um Governo que se degrada, que se deteriora, um Governo de casos, um Governo que tem um primeiro-ministro sem qualquer autoridade política que troca de ministros e de secretários de Estado à média de mês”, considerou.

Assim, acrescentou, “já não tem capacidade de recrutamento, já não vão aos suplentes, vão à equipa ‘b’ procurar gente para o Governo e é o mesmo que depois não governa”.

“Por isso é que o PSD quer que o PS governe, nós não estamos em campanha eleitoral e por isso o PSD quer ver resolvidos os problemas das pessoas e é por isso que apontamos caminhos ao Governo de Portugal (…) mas todas estas propostas foram apresentadas e todas foram chumbadas”, disse.

Do programa consta ainda um “revisão Constitucional” e, entre as alterações que o PSD quer fazer, está a de antecipar o voto eleitoral para maiores de 16 anos que, apesar de reconhecer ser “um tema polémico”, é uma ideia que quer debater.

Hugo Soares rematou a afirmar que o PSD está “focado em ser uma voz intransigente da oposição, mas uma voz responsável” e avisou que o partido não está a querer ganhar “o campeonato da berraria”, mas fala “com a voz firme”.

“Nós não queremos ganhar o campeonato das moções de censura inconsequentes, mas denunciamos o Governo. Nós não queremos que o país discuta já o nosso programa eleitoral, porque ainda não é tempo, mas apresentamos os nossos caminhos e as soluções orientadoras”, assumiu.

A jornada arrancou no mesmo dia da assembleia distrital do PSD em Viseu, para “evitar nova deslocação das pessoas” e, por isso, após a intervenção de Hugo Soares a comunicação social foi convidada a sair pelo presidente da mesa “para não condicionar” os trabalhos que se seguiam.

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