Já Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, quer "esperar para ver" antes de decidir quem apoia na corrida presidencial
“Alguém” disse a Richard Quest que, dado que ia moderar uma conversa com Mário Centeno sobre políticas orçamentais e monetárias focadas no crescimento, deveria questionar o governador do Banco de Portugal sobre uma eventual candidatura às presidenciais portuguesas pelo Partido Socialista (PS).
Foi isso que o jornalista da CNN Internacional fez esta segunda-feira no decorrer da CNN Portugal International Summit, em Lisboa – e o governador do Banco de Portugal não fechou totalmente a porta à possibilidade.
“As mudanças acontecem, por vezes são inesperadas, noutras vezes são expectáveis”, respondeu o ex-ministro das Finanças de António Costa. “Não temo a mudança, mas estou muito focado no meu trabalho, e a minha resposta é sempre a mesma: estou sempre focado no que estou a fazer no momento.”
A pergunta, adiantou Centeno, “é uma boa pergunta, mas a resposta é a mesma: o meu foco é fazer o meu trabalho e, honestamente, não penso nisso.” Isso não impediu que Quest fechasse o painel com uma piada, agradecendo ao “sr. Presidente, perdão, sr. governador”, pela sua participação na CNN Portugal International Summit.
Com o mandato de governador prestes a terminar no próximo ano, e a elevada improbabilidade de o governo da AD o reconduzir no cargo, o nome de Centeno como potencial candidato do Partido Socialista (PS) tinha sido avançado ao Expresso por várias fontes da direção do partido em agosto.
Questionado na mesma conferência da CNN sobre uma eventual candidatura de Centeno às presidenciais, Pedro Nuno Santos disse que pretende “esperar para ver quem avança” com candidaturas e depois vai ver quem é que o PS “decide apoiar”.
Para o secretário-geral socialista, a referência para o cargo são figuras históricas do PS como Mário Soares e Jorge Sampaio. A eleição do próximo Presidente da República para um mandato de cinco anos está marcada para janeiro de 2026.