Detido "grupo organizado" de jovens que embebedava e violava mulheres em Barcelona

23 dez 2022, 11:23
Barcelona (GettyImages)

A juíza de instrução criminal considerou que os cinco elementos agiram de forma organizada e que "menosprezavam" estas mulheres

Um grupo de cinco jovens da região de Baix Llobregat, em Barcelona, ficou em prisão preventiva por suspeita de terem violado pelo menos três raparigas no ano passado. Segundo o El País, a juíza de instrução criminal, Laia Boix de Gispert, considerou que este grupo agiu "de forma organizada".

Um dos elementos aliciava as mulheres através da rede social Badoo, levava-as até casa, alegando que estava a decorrer uma festa, depois os restantes elementos iam chegando e obrigavam-nas a manter relações sexuais. Além disso, tinham um grupo no Whatsapp no qual comentavam o que tinha acontecido, demonstrando "desprezo absoluto" pelas vítimas. 

Um dos casos ocorreu na primavera de 2021. O grupo aproveitou-se da vulnerabilidade da vítima, que se encontrava embriagada, para a penetrar vaginal e analmente e ainda a obrigar a realizar sexo oral. De acordo com o El País, a vítima pediu-lhes que parassem e disse que "não queria nada com eles". A resposta de volta foi: "Mas tu podes, campeã". Num outro caso, em maio do mesmo ano, uma rapariga foi violada por dois elementos de grupo, enquanto os restantes ficaram a observar. 

A magistrada considerou que os cinco elementos agiram de forma organizada e que o comportamento era "habitual" e "normalizado". "Eles menosprezaram estas mulheres, considerando-as como objetos cuja única finalidade era satisfazer os seus desejos sexuais", afirmou Laia Boix de Gispert.

Além das declarações "sólidas" e "coerentes" das vítimas, a juíza analisou ainda conversas e mensagens de áudio que os jovens trocaram no Whatsapp, como por exemplo: "Se alguém errar, vamos todos presos", "a rapariga está muito bêbada, venham em trio", "destruímos esta rapariga".

Como se não bastasse, os Mossos d’Esquadra tiveram acesso a várias mensagens que demonstravam que os agressores estavam conscientes do que tinham feito e que isso os podia incriminar. Como tal, depois dos ataques, tentavam manter contacto com as vítimas, para garantir que estava tudo bem e que estas não iriam denunciá-los.

O risco de fuga e de reincidência foram os principais motivos apresentados pela juíza de instrução criminal para manter o grupo em prisão preventiva sem fiança. 

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