Depois de ter dito que quer distância da imprensa britânica, príncipe Harry escolhe jornalista britânico para promover livro de memórias (e os duques vão regressar à Netflix)

20 dez 2022, 10:51
Principe Harry e Meghan Markle visitam Nova Iorque

Tom Bradby, jornalista da ITV, mas também amigo de Harry, foi o responsável pela entrevista ao casal Sussex durante a viagem oficial de Harry e Meghan à Africa do Sul, em 2019. Agora vai entrevistar o duque de Sussex para promover "Na Sombra"

O príncipe Harry não poupou críticas à imprensa britânica no documentário da Netflix, chegando mesmo a acusar o jornal The Mail de ser responsável pelo aborto de Meghan Markle. Mas, sabe-se agora, que o mesmo duque que diz que quer distância da imprensa britânica escolheu um jornalista britânico para a primeira entrevista de promoção do livro de memórias, intitulado "Na Sombra", que vai lançar em janeiro. 

De acordo com o The Times, a entrevista vai ser conduzida por Tom Bradby, jornalista da ITV mas também amigo de Harry e que acompanha o duque desde o início dos anos 90 enquanto correspondente real. A entrevista, que deve ser gravada em breve, vai coincidir com o lançamento do livro no dia 10 de janeiro.

Em 2019, Bradby foi o responsável pela entrevista ao casal Sussex durante a viagem oficial de Harry e Meghan à Africa do Sul, durante a qual a duquesa falou pela primeira vez sobre a sua saúde mental. "Obrigada por perguntar porque nem muitas pessoas têm perguntado se estou bem", respondeu Meghan a Bradby quando este a questionou se estava bem.

A entrevista foi, aliás, abordada no primeiro episódio do segundo volume do documentário da Netflix, com a duquesa a garantir que a declaração que fez trouxe-lhe o apoio "oposto" depois de ter sido exibida e marcou um ponto de viragem na sua vida.

"Não há muito que se possa fazer sozinho, por isso acaba-se por dizer 'algo tem de mudar'. Foi um enorme ponto de viragem. Foi quando começámos a ter conversas mais difíceis sobre o que precisava de acontecer para que pudéssemos continuar a fazer com que isto funcionasse", esclareceu.

Meghan revelou ainda que, quando deu a entrevista ao jornalista da ITV, não sabia qual era o plano, até porque "não tinha retocado a maquilhagem" e "estava exausta".

"Conseguem ver que eu não tinha retocado a minha maquilhagem. Acho que, como eu estava tão exausta, estava apenas realmente grata por alguém me ter perguntado algo como se eu fosse ser humano", afirmou, acrescentando que ficou surpreendida com os comentários e com o apoio que recebeu nas redes sociais por causa dessa declaração.

O documentário da Netflix teve dois volumes, nos quais Harry e Meghan contam como foram alvo de perseguição pela imprensa britânica, que invadia constantemente a privacidade da família, com a duquesa a ser alvo de racismo e discriminação. Depois da exibição dos seis episódios, Harry e Meghan foram alvo de críticas, acusados de criarem uma "narrativa distorcida" e de causarem "quebra de laços" com a família real.

Novo documentário em colaboração com a fundação Mandela

Depois do documentário, os duques de Sussex não vão demorar muito a regressar à Netflix. Esta segunda-feira, a empresa de streaming anunciou que, no dia 31 de dezembro, estreia o documentário "Live to Lead", produzido por Harry e Meghan em colaboração com a fundação Mandela.

O casal, que é produtor executivo de "Live to Lead", aparece na pré-estreia de uma série em que são entrevistados líderes de causas sociais para falar sobre o seu legado.

"Líderes extraordinários refletem sobre o seu legado e partilham mensagens de coragem, compaixão, humildade, esperança e generosidade. Inspirado no legado icónico de Nelson Mandela, Live to Lead destaca os valores fundamentais, disciplinas diárias e princípios orientadores que os líderes empregam para motivar os outros e criar mudanças significativas", lê-se na sinopse da série. 

Entre os entrevistados estão Ruth Bader Ginsburg, Greta Thunberg, Jacinda Ardern e Gloria Steinem.

"Isto foi inspirado por Nelson Mandela que uma vez disse 'o que conta na vida não é o simples facto de termos vivido'. É a diferença que fizemos na vida dos outros que vai determinar o significado da vida que levamos", afirma Harry.

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