Esqueçam Meghan no Reino Unido, não é seguro - diz Harry
O príncipe Harry afirmou em na entrevista à ITV que "não vai levar" Meghan Markle para o Reino Unido por receios de segurança. Isto porque teme que as teorias dos tabloides possam levar a um ataque contra a duquesa de Sussex.
"Basta um solitário que leia estas notícias para agir de acordo com o que leu. E quer se trate de uma faca ou de ácido, estas são coisas que me preocupam verdadeiramente. É uma das razões pelas quais não vou trazer a minha mulher de volta para este país", afirmou o duque de Sussex, acrescentando que são "preocupações genuínas".
Depois de ter lamentado que a família real não lute com ele e como ele contra a pirataria de que foram alvo da parte dos tabloides, Harry vai mais longe e revela que a avó, a rainha Isabel II, sabia desta luta e que o apoiou porque sabia "o quanto isso significava".
"Tivemos muitas conversas antes de ela morrer. Isto é algo que ela apoiou muito. Ela sabia o quanto isso significava para mim e está lá em cima a dizer 'vá até o fim', sem dúvida", afirmou.
Na mesma entrevista, o príncipe considera que se sente “vingado” pela decisão do juiz, que decidiu que 15 artigos publicados sobre Harry pelo MGN utilizaram métodos ilegais de recolha de informação, como a pirataria de mensagens de correio de voz e o recurso a investigadores privados.
Para Harry, as ações do MGN causaram-lhe “paranoia, medo e desconfiança” e que a paranoia que viveu foi “a mesma” que a da mãe, a princesa Diana, algo que o “motiva” ainda mais nas suas batalhas legais contra os tabloides.
"Quando se é vingado, prova-se que não se estava a ser paranoico", afirma, acrescentando que, em relação à mãe, "há provas que sugerem que ela estava a ser vítima de pirataria informática nos meados dos anos 90, provavelmente uma das primeiras pessoas a ser vítima de pirataria informática e, ainda hoje, a imprensa, os tabloides gostam muito de a pintar como sendo paranoica. Mas ela não era paranoica, tinha toda a razão sobre o que lhe estava a acontecer. E não está cá hoje para descobrir a verdade.”
Apesar de nunca ter sido provado que a princesa Diana foi hackeada, o príncipe Harry sente que tem uma "missão" - ao contrário de William, que aceitou um acordo num processo semelhante - para combater este tipo de situações.
E vai mais longe, ao afirmar que a sua determinação em combater os tabloides foi uma "peça central" no afastamento da família.
"Tudo o que eu disser sobre a minha família acaba por resultar numa quantidade de abusos por parte da imprensa. Deixei bem claro que isto (ação judicial) é algo que tem de ser feito. Seria bom se o fizéssemos como uma família. Acredito que, do ponto de vista do serviço e quando se está num papel público, estas são as coisas que devemos fazer para o bem maior", acrescentando que a decisão da família real não se envolver em batalhas judiciais públicas "causou parte de uma fratura".
Depois de ter vencido o primeiro processo, Harry está a lutar contra o News Group Newspapers de Rupert Murdoch (The Sun) e o Associated Newspapers (Daily Mail), naquilo que chama "uma situação de David contra Golias".
“Os Davids são os queixosos e o Golias é esta vasta empresa de media. Estou a tentar que seja feita justiça para todos.”
Os dois grupos de media negam veementemente a recolha ilegal de informação.