A tiara de casamento da Princesa Diana é exibida pela primeira vez em décadas

CNN , Leah Dolan
29 mai 2022, 19:00
Princesa Diana. Princess Diana Archive/Hulton Royals Collection/Getty

Ao longo dos séculos, a tiara, uma espécie de irmã mais nova do símbolo omnipotente da coroa, tem vindo a representar mais do que uma mera pertença à monarquia. Aproximadamente ligada à ideia romântica de uma princesa, a tiara é um sinónimo cultural de juventude e feminilidade, assim como de estatuto. Das tiaras de plástico da Cinderela utilizadas por milhões de crianças que visitam os parques temáticos da Disney, à mais recente MET Gala, onde várias celebridades, incluindo Blake Lively e Anna Wintour, usaram versões incrustadas de jóias; o antigo acessório continua a ser relevante nos nossos dias.

Este verão, a casa de leilões Sotheby's exibirá algumas das tiaras mais marcantes da história, muitas das quais não são vistas pelo público há décadas, numa nova exposição chamada “Power & Image: Royal & Aristocratic Tiaras”. O evento, que tem início a 28 de maio em Londres, é uma retrospetiva comemorativa de 50 tiaras, em homenagem ao Jubileu de Platina da Rainha Elizabeth II, que assinala 70 anos desde que a monarca britânica subiu ao trono em 1952. 

Está presente na exibição a The Spencer Tiara, o célebre acessório utilizado pela Princesa Diana durante o seu casamento com o Príncipe Carlos na Catedral de St. Paul, uma união real vista por mais de 750 milhões de pessoas em 74 países.

A tiara ao estilo garland-style (um estilo de joalharia popular no início do século XX), que possui uma peça central em forma de coração preenchida com diamantes, foi emprestada à Sotheby's London por Lord Spencer, o irmão mais novo de Diana, e será exibida pela primeira vez desde os anos 60, de acordo com a casa de leilões. Era um acessório indispensável para a Princesa Diana, que terá usado a peça sete vezes entre o seu casamento, em 1981, e a sua morte, em 1997.

Foi passada a Diana pela sua avó, Lady Cynthia Hamilton, que recebeu a tiara como presente de casamento em 1919. Estima-se que a herança de família tenha sido forjada pela primeira vez em 1767, a qual pode ter sido diferente da versão usada por Diana no dia do seu casamento. Acredita-se que o acessório tenha sido alterado entre 1919 e 1930, embora nenhuma destas modificações tenha sido oficialmente registada. De acordo com a casa de leilões, muitas tiaras semelhantes à que pertence à família Spencer começaram como broches ou simples fitas de cabelo, com décadas de joalheiros a modificar a peça, acrescentando mais pedras valiosas.


Segundo Kristian Spofforth, chefe de jóias da Sotheby's London, a tiara da Princesa Diana é genuinamente impagável. “É um daqueles (artigos) que é impossível estimar um valor”, disse ele numa entrevista telefónica. “Devido ao interesse público pela Diana, não há nenhuma maneira de podermos estabelecer um valor sobre a peça. É um daqueles raros objetos que se pode dizer que, de certa forma, não tem preço”.

Juntamente com The Spencer Tiara, a exposição exibirá uma das peças preferidas da Rainha Vitória: uma coroa de esmeralda e diamante oferecida pelo Príncipe Alberto quando ela tinha 26 anos de idade. Com influência do estilo renascentista gótico, a peça consiste em 19 esmeraldas ovais que pesam até 15 quilates.

“As celebrações do Jubileu de Platina da Rainha Elizabeth proporcionaram-nos a oportunidade perfeita para expor ao público uma extraordinária seleção de tiaras de origem nobre e real”,  disse Spofforth, num comunicado de imprensa. “Este é também um momento especial para nós demonstrarmos o estonteante trabalho artesanal de gerações de joalheiros, principalmente britânicos, ao longo de vários séculos de fabrico de tiaras”.

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