Construído no século XVIII como residência de verão da família real portuguesa, inclui uma ala reservada às visitas dos chefes de Estado onde já dormiram a Rainha Isabel II e, mais tarde, a Princesa Diana
Se não perde a oportunidade de incluir alguns passeios culturais nas suas férias de verão, o Palácio Nacional de Queluz, a cerca de 10 km de Lisboa, é um dos monumentos portugueses que merece uma visita quase obrigatória, quer pela arquitetura e pelos segredos que guarda, quer pela beleza dos jardins e por uma ala privada, reservada aos chefes de Estado.
Construído no século XVIII com o propósito de servir de residência de verão à família real portuguesa, acabaria por se tornar na residência oficial da Rainha D. Maria I, na sequência do terramoto de 1755, tendo sido habitado em permanência até à partida da família real para o Brasil.
O Pavilhão D. Maria I, na ala nascente, ganha assim o nome desta rainha e, desde 1940, passa a ser residência não só dos chefes de Estado estrangeiros de visita oficial a Portugal, mas também da realeza internacional.
Em 1956, o Pavilhão foi alvo de vários trabalhos de modernização para receber a visita da Rainha Isabel II, que regressou em 1985. Dois anos depois, foi a vez da Princesa Diana e do Príncipe Carlos ocuparem os mesmos espaços, mas com uma alteração que não passou despercebida.
O pedido para ficarem em quartos separados não escapou à imprensa inglesa, o que serviu para aumentar os rumores de uma suposta crise no casamento. Mais tarde, no livro Diana, A Verdadeira História Contada Pela Princesa, Lady Di viria a revelar que “Portugal foi o último local onde estivemos juntos como marido e mulher”.
A ala reservada aos chefes de Estado manteve-se longe do olhar do público até 2004, altura em que foram organizadas visitas ao Pavilhão D. Maria I. Atualmente, as reservas podem ser agendadas no site do Palácio de Queluz e os bilhetes custam €13, para adultos (18-64 anos), €10 para crianças e jovens (6-17 anos) e €10 para adultos acima dos 65 anos. A entrada é gratuita para crianças com idade inferior a 6 anos.
No entanto, se a visita for programada para um domingo ou feriado, a entrada é gratuita, assim como em todos os monumentos e parques sob a gestão da Parques de Sintra.