Presidente da República atribuiu à PSP a mais relevante condecoração portuguesa

Agência Lusa , CF
6 jul 2022, 22:21
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, durante as comemorações do 155.º aniversário da PSP realizadas na Direção Nacional da PSP, Lisboa, 6 de julho de 2022. Manuel de Almeida/Lusa

A PSP foi condecorada com a Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito no seu 155.º aniversário

O Presidente da República condecorou esta quarta-feira a Polícia de Segurança Pública com a Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, a mais relevante condecoração portuguesa.

“Vou impor no vosso estandarte nacional a insígnia de membro honorário da Ordem Militar da Torre e Espada do Valor, Lealdade e Mérito. Assim cumprindo o compromisso assumido quando condecorei há um ano o Estado-Maior das Forças Armadas, a Armada, o Exército e a Força Aérea com esse mesmo título da mais relevante condecorarão portuguesa”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

A condecoração aconteceu durante a cerimónia do 155.º aniversário da PSP, um ato presidido pelo Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que o título representa “uma elevação honorífica para a PSP que tinha desde 1935 o grau de grande oficial da mesma ordem”, sendo uma condecoração “agora dado já não em ditadura, mas em democracia”.

“Titulo que agradece toda a vossa história, mas em particular a vossa abnegação nos anos muito críticos da pandemia, mas sempre a vossa presença, o vosso labor, a vossa disponibilidade, a vossa entrega, a vossa humanidade, o vosso corajoso serviço aos portugueses”, disse.

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou ainda que a condecoração simboliza “a gratidão e confiança” do Presidente da República e dos portugueses.

Durante a cerimónia, que contou também com a presença do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, foram relembrados os polícias falecidos em ação policial e condecorados com o Prémio de Segurança Pública os agentes cuja dedicação à causa pública é merecedora de público reconhecimento.

O agente da PSP Fábio Guerra, morto no dia 21 de março à porta de uma discoteca em Lisboa, foi condecorado a título póstumo, tendo a família recebido a respetiva condecoração.

Marcelo e PSP têm "uma excelente relação", garantem ambos 

O Presidente da República declarou, também esta quarta-feira, que tem “uma excelente relação” com o diretor nacional da PSP e que as críticas feitas pelos sindicatos à atuação do responsável da polícia são “o exercício normal da democracia”.

“Tenho uma excelente relação com a PSP, com o diretor nacional da PSP e com toda a estrutura da PSP”, sustentou Marcelo Rebelo de Sousa, à margem de uma cerimónia de entrega de prémios em Lisboa.

A 29 de junho, o diretor nacional da polícia, Magina da Silva, publicou um comunicado, face às críticas de vários sindicatos, no qual referiu que tem uma “excelente” relação com os órgãos de soberania, incluindo a Presidência da República.

Questionado sobre estas declarações, o Presidente da República respondeu que tem “uma excelente relação com a PSP” e que não tem “nenhum problema” em destacar o papel desempenhado por Magina da Silva nos últimos anos, em particular durante a pandemia e na organização de eventos como a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas – que se realizou na última semana em Lisboa – “com as possibilidades que [a PSP] tem e os meios de que dispõe”.

O Diário de Notícias noticiou em 29 de junho a existência de um clima de rutura na PSP com o diretor nacional.

“A PSP e o seu diretor nacional não têm estado bem. A PSP está a atravessar momentos difíceis, complexos e, mais grave, o diretor nacional não está à altura e o servilismo e resignação dos comandantes é gritante. Trabalho extraordinário, falta de atratividade, ausência de candidatos à PSP, dificílima gestão de meios, clima de medo impera”, referiu àquele jornal o presidente da Associação Sindical de Profissionais de Polícia (ASPP-PSP), Jorge Santos.

Interpelado sobre as posições dos sindicatos, o Presidente da República preferiu não se imiscuir no que considerou ser “o exercício normal da democracia” através da intervenção sindical.

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