"É bom que existam pessoas disponíveis", mas PS quer apoiar candidato presidencial que "alargue o seu espaço político"

CNN Portugal , DCT
27 nov, 10:50
A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva (LUSA/ Miguel A. Lopes)

Mariana Vieira da Silva diz que o Partido Socialista não deve “precipitar as decisões” sobre o nome a avançar para a corrida a Belém, “nem deixar que se tomem sozinhas”

A deputada socialista Mariana Vieira da Silva considera que o “desafio principal” do Partido Socialista para as eleições presidenciais de 2026 é apresentar um candidato que permita “alargar” o seu espaço político, “alargar a esfera de ação” do partido. Em entrevista à Rádio Renascença (RR), a antiga ministra diz ainda que desconhece o pensamento político de Gouveia e Melo, repetindo algo que Pedro Nuno Santos já tinha dito.

“Raras vezes os partidos tentam ter personalidades que possam ir além do seu espaço partidário. Esse é o desafio principal para o meu partido: em vez de compartimentar, alargar. Esse é o compromisso e o objetivo. E é para isso que precisamos de tempo para que a Direção Nacional do Partido Socialista possa fazer o seu trabalho e as suas escolhas”, diz a antiga ministra à rádio.

Maria Vieira da Silva reconhece que “é bom que existam pessoas disponíveis” para a corrida a Belém, mas defende que é preciso tempo para “saber um pouco mais sobre os candidatos”, de modo a não “precipitar as decisões, nem deixar que se tomem sozinhas”, para evitar erros do passado.

“Em presidenciais anteriores, não correu particularmente bem, porque tínhamos muitos candidatos e o Partido Socialista dividiu-se. Para conseguir algo mais, ou seja, ter um candidato que o PS apoia, essa decisão deve ser ponderada”, adianta a deputada.

Sobre o almirante Gouveia e Melo, que tem sido apontado como um dos candidatos à Casa Branca, Mariana Vieira da Silva reconhece “o mérito e as competências que demonstrou” durante a pandemia de covid-19, tendo coordenado o plano de vacinação, mas reconhece que “objetivamente não conhecemos o posicionamento nem o pensamento do Almirante Gouveia e Melo”.

O almirante Henrique Gouveia e Melo terá informado o Governo de que não tem disponibilidade para ser reconduzido como Chefe do Estado-Maior da Armada, avançou o Observador que acrescenta que a decisão foi comunicada ao ministro da Defesa Nuno Melo “em definitivo” e que a informação já chegou ao primeiro-ministro, aumentando, assim, as suspeitas de que uma candidatura a Belém está mesmo a ser ponderada.

O Partido Socialista não apresenta ainda nenhum candidato para a corrida à Presidência, mas há já nomes do seio socialista com a porta aberta às eleições de 2026, como António José Seguro e o antigo ministro das Finanças Mário Centeno.

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