Bom dia, Portugal: combustíveis estão cerca de 10 e 15 cêntimos mais caros

14 mar 2022, 06:00

Estações não praticam todas os mesmos preços, mas as três principais redes estão a cobrar no início desta semana mais quase 15 cêntimos do que oito dias antes

Gasóleo simples, cerca de 2,11 euros. Gasolina 95, cerca de 2,13 euros. Os preços dos combustíveis nas três maiores redes de abastecimento de combustíveis – Galp, BP e Repsol – estão esta segunda feira cerca de 15 e 10 cêntimos mais caros do que na segunda feira anterior, respetivamente no gasóleo simples e na gasolina 95. Em apenas quinze dias, são mais entre 20 e 30 cêntimos, dependendo dos combustíveis, das redes e das próprias estações dentro de cada rede.

Esta é aliás uma das dificuldades de comparar preços: eles são fixados livremente, pelo há muitas variações quer entre as redes, quer entre estações. Mas há outra nota: os combustíveis não aumentam apenas à segunda feira, podem variar todos os dias. Aliás, isso aconteceu ao longo da última semana. O aumento de 15 cêntimos aqui noticiado não aconteceu entre as 23:59 dia 13 e as 00:00 do dia 14, mas entre as duas segunda-feiras: houve aumentos intercalares ao longo da semana anterior.

É por haver muita variedade de preços praticados no território, aliás, que as médias oficiais dos preços acabam por ser mais baixas do que estas aqui noticiadas, e que foram verificadas pela CNN Portugal esta madrugada em três bombas de gasolina na zona de Lisboa, que depois foram comparadas com informações disponíveis em sites.

Esta escalada dos preços dos combustíveis em Portugal estão a agravar as pressões inflacionistas, retirando poder de compra aos portugueses. E acontecem depois da invasão da Ucrânia pela Rússia, que fez disparar (ainda mais) os preços internacionais do petróleo. Ainda assim, na semana passada, chegou a estar em cima um aumento do preço do petróleo ainda maior ao que acabou por verificar-se, mas nos últimos dias da semana as cotações do crude acalmaram.

Por outro lado, o governo anunciou na semana passada a decisão de passar a ter neutralidade fiscal, isto é, descer temporariamente o Imposto sobre Produtos Petrolíferos no mesmo valor em que a receita do IVA suba. Esta decisão atenua as subidas dos preços dos combustíveis.

Por outro lado, o governo anunciou a intenção de descer o IVA dos combustíveis, de 23% para 13%, mas para isso precisa de autorização da Comissão Europeia, que já está pedida. Finalmente, o governo tem ativo o Autovoucher, que permite aos automobilistas abater 20 euros em março na sua conta.  

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