Sub-21: Portugal-Bulgária, 3-0 (crónica)

Pedro Lemos , Estádio Municipal de Portimão
10 out, 21:25
Portugal-Bulgária em sub-21 (FOTO: LUIS BRANCA/LUSA)

Não há duas sem três

Chegou a parecer difícil, a segunda parte veio tirar as dúvidas e, no final, o principal foi alcançado. Não há duas sem três e Portugal somou hoje a terceira vitória na qualificação para o Europeu de sub-21 de 2027 que se disputará na Albânia e na Sérvia.

Foi uma exibição em crescendo: na primeira parte, a seleção não deslumbrou, mas, na segunda, marcou três golos e mostrou mais argumentos do que uma fraca Bulgária.

Num Estádio Municipal de Portimão bem lotado, o primeiro lance de perigo até foi dos búlgaros que, em abono da verdade, nada mais fizeram ao longo do jogo.

Rupanov, ao minuto 1, apanhou uma bola à entrada da área e rematou por cima da baliza, ainda assustando levemente João Carvalho.

Daí para a frente, só deu Portugal. Com Gustavo Sá a assumir o comando das tropas e Quenda, Roger e Mora à solta no ataque – tentando servir um inconsequente Chermiti – a seleção foi rondando a baliza adversária.

Se teve chances para marcar? Teve. Se deslumbrou? Longe disso em todo o primeiro tempo.

Logo na resposta ao lance inicial búlgaro, a seleção podia ter marcado, mas o remate de Tiago Parente, dentro da área, ainda desviou num adversário antes de bater no poste (3m).

Diego Rodrigues, aos 23m, obrigou o guarda-redes a uma defesa a dois tempos e, já no final da primeira parte, Mora teve uma clara bola de golo que desperdiçou.

Só com Andreev pela frente, o médio do FC Porto (que é, sem sombra de dúvidas, um talento daqueles) foi traído por um tufo de relva que lhe fez apanhar mal a bola e chutar por cima.

Esse lance acabou por ser o mote para uma segunda parte em que a seleção jogou muito melhor e resolveu o jogo.

O primeiro golo surgiu dos pés de Rodrigo Mora que se redimiu – ao minuto 58, o médio português recebeu um cruzamento de Tiago Parente e, com classe, encostou para o golo.

Foi o desbloqueador de que Portugal precisava: logo aos 67, o mesmo Tiago Parente também marcou, na recarga a um bom remate de Quenda.

O jogo estava na mão e ainda mais ficaria quando o recém-entrado Gustavo Varela aumentou a vantagem.

O lance começou num cruzamento tenso de Forbs na esquerda; o avançado do Benfica, emprestado ao Gil Vicente, antecipou-se ao defesa central para fuzilar a baliza de Andreev.

Até ao final, a seleção limitou-se a gerir até porque, na próxima terça-feira, há novo jogo frente a Gibraltar. Até lá, a liderança do grupo de qualificação está assegurada.