Treinador português fala sobre a goleada frente à Polónia
Rui Jorge, treinador da Seleção sub-21, em declarações após a goleada frente à Polónia (5-0), na segunda jornada do Europeu:
«[Influência das transições ofensivas] Foram muito importantes, porque foi através dessa forma que conseguimos desbloquear um bocadinho a partida e era importante esse primeiro golo. A Polónia defende muito baixo e bem. Claro que, quando ficámos na frente do marcador, tiveram necessidade de pressionar mais alto, o que nos abriu a possibilidade de lançar mais vezes contra-ataques e ataques rápidos. Nesse momento, estivemos sublimes. Os jogadores interpretaram muito bem a qualidade individual deles também permite fazer o resto.»
«Houve momentos em que não estávamos suficientemente seguros com bola e tínhamos obrigação de fazê-lo, muito mais quando tínhamos uma vantagem confortável. Temos de ser uma equipa em que mais ninguém toca na bola se nós quisermos, porque as equipas de grande nível são assim e eu quero que a nossa se aproxime sempre delas. Creio que o resultado não traduz a realidade do jogo. São números demasiado expressivos para o rendimento das duas equipas.»
«A exigência vai ser sempre muita, independentemente do resultado. Há coisas que se melhoram muito e mensagens importantes dentro de um grupo que se passam quando se ganha por 5-0. O resultado é importante, mas não é tudo dentro do jogo e do crescimento destes jogadores.»
«[Mudanças no onze inicial] O Pedro Santos joga em qualquer lugar, desde que tenha a bola. Dá-nos muita segurança com bola e é fantástico nas tomadas de decisão. Jogar pelo meio dá-nos qualidade. Bato sempre na questão da qualidade, porque é isso que eu quero da nossa equipa.»
«O Tiago Tomás fez um jogo extraordinário contra a França [no empate 0-0, na quarta-feira, da jornada inaugural do Grupo C], o Mateus Fernandes também. O Rafael Rodrigues fez 45 minutos bons. Precisavam de algum repouso, porque fartaram-se de correr. Entre ter esses jogadores mais desgastados ou ter outros que poderiam fazer bem as respectivas posições, optei por trocar. Temos dois pontas de lança com características diferentes, mas excelentes. Quem entrou acabou por provar que também merece estar nestes palcos.»
«[Exibições de Geovany Quenda e Roger Fernandes] São dois ótimos jogadores, mas toda a equipa pensa de uma forma coletiva. O nosso último golo é brilhante por tudo. Pela forma como é executado e pela mentalidade que está subjacente. Qualquer um deles poderia querer marcar, porque a visibilidade de quem marca é sempre diferente, mas o que se viu ali foi esperar pelo momento certo para passar a bola ao companheiro que estava melhor colocado. Isso traduz muito daquilo que é a nossa equipa. É igual se jogar o Quenda, o Rodrigo Gomes ou o Carlos Forbs, porque eles vão entender-se na mesma. A situação é idêntica no meio-campo».