Deu para tudo, sem dó nem piedade…
Onze golos... onze momentos de magia lusa. Gibraltar sofreu um autêntico atropelo no encontro da quarta jornada da fase de qualificação para o Europeu de 2027 e os sub-21 de Portugal não estiveram para brincadeiras.
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Luís Freire realizou uma autêntica revolução no onze inicial, sendo que apenas Rodrigo Mora e Roger Fernandes se mantiveram nas escolhas do técnico, face ao último compromisso diante da Bulgária.
Ainda assim, as dinâmicas na equipa não sofreram quaisquer alterações e a verdade é que Portugal entrou a todo o gás, com dois golos praticamente dentro dos primeiros dez minutos de jogo. Dois cruzamentos muito bem tirados resultaram em golo, ora de Diogo Travassos, ora de Gustavo Varela. O lateral do Moreirense, emprestado pelo Sporting, estreou-se a marcar pela Seleção Nacional e no lance seguinte serviu o colega de equipa para o 2-0.
O terceiro surgiu pela cabeça do único jogador luso a marcar em todos os jogos desta fase de qualificação: Rodrigo Mora. Na sequência de mais um cruzamento para a grande área, o jovem jogador do FC Porto nem precisou de tirar os pés do chão para fazer o 3-0, face às muitas dificuldades de Gibraltar para criar perigo junto da baliza de André Gomes.
Para o segundo tempo, Luís Freire mexeu na equipa e lançou Fabio Baldé para o lugar de Roger Fernandes, uma substituição que se revelou bem conseguida. Após mais uma arrancada de Carlos Forbs pelo lado direito, o avançado do Hamburgo surgiu solto de marcação dentro da área e só teve mesmo de encostar para o 4-0.
Seguiu-se uma autêntica avalanche ofensiva de Portugal, após uma entrada mais bem conseguida do adversário no segundo tempo, apesar do golo sofrido. Mateus Fernandes e Gabriel Brás deram contornos de goleada a um resultado bastante avolumado para os comandados de Luís Freire.
Ora, no banco de suplentes estavam ainda mais desestabilizadores e à qualidade que já se encontrava no relvado sintético, o técnico juntou a irreverência de Geovany Quenda. O avançado do Sporting abriu o livro e esteve em destaque na criação de uma diferença abismal para o adversário. Gustavo Varela e Diogo Travassos chegaram ao «bis» no encontro e Chermiti também foi a tempo de colocar o nome na lista de marcadores.
Até final, a Seleção de sub-21 ainda conseguiu igualar a maior goleada de sempre na categoria e com claro destaque para um pontapé indefensável de Geovany Quenda, mesmo ao cair do pano. A bola saiu como um míssil do pé esquerdo do avançado leonino e ainda bateu na trave, antes de beijar as redes da baliza. O resultado importa bastante, mas Portugal confirma mais três pontos na corrida rumo à fase final do Campeonato da Europa.
A Figura: Gustavo Varela
Não era fácil escolher apenas um elemento que se tenha destacado dos demais, mas o que é certo é que o avançado do Gil Vicente foi, a par de Diogo Travassos, um dos que colocou por duas vezes o nome na lista de marcadores. Sempre com movimentações típicas de ponta de lança, Gustavo Varela contribuiu para o «atropelo» luso sobre a formação de Gibraltar e mostrou-se sempre muito à vontade entre os centrais adversários.
O Momento: Quenda abre o livro
Já em cima do apito final do árbitro e quando nada o faria prever, o avançado do Sporting tirou um adversário da frente e desferiu um remate absolutamente letal para a baliza de Gibraltar. Entre os postes, o guarda-redes nada conseguiu fazer para evitar um golo monumental de Quenda, que confirmou assim o igualar do resultado mais avolumado na história dos sub-21 de Portugal: 11-0.
Positivo: Mateus Fernandes
Ao lado de Mateus Fernandes, o médio do West Ham esteve praticamente em todo o lado e o jogo de Portugal passou-lhe quase sempre pelos pés. Com uma qualidade técnica acima da média, Mateus Fernandes colocou a bola onde quis, transformou o jogo da Seleção Nacional em algo mais difícil de prever e ainda foi a tempo de colocar o nome na lista de marcadores, com um pontapé de primeira, sem deixar a bola bater no relvado.