O Maisfutebol, com a ajuda da SofaScore, analisou o empate que não permitiu a Portugal apurar-se, para já, para o Mundial 2026
Portugal esteve a menos de uma mão cheia de minutos de garantir o apuramento para o Mundial 2026 já na noite desta terça-feira. Porém, um golo tardio de Szoboszlai adiou a festa lusitana em Alvalade.
E, após o encontro, ficou a pairar uma pergunta no ar: Portugal merecia este desfecho?
O Maisfutebol, com a ajuda dos dados do parceiro SofaScore, foi então à procura de uma resposta!
No que toca ao capítulo ofensivo, a seleção de Roberto Martínez esteve claramente superior, mas pecou muitas vezes na finalização. Cristiano Ronaldo bisou, estabeleceu um novo recorde de golos nas qualificações para Mundiais, mas a bola não voltou a sentir o sabor das redes.
Foram 20 remates de Portugal, contra 17 dos húngaros, mas menos de metade desses foram realmente enquadrados com a baliza (8 contra 7). E, para juntar às contas, Rúben Dias e Bruno Fernandes ainda conseguiram acertar no poste da baliza adversária.
Analisando ainda o setor de ataque, Portugal apresenta-se com jogadores claramente dotados da arte de cruzar, tendo sido mesmo assim que Ronaldo apontou o segundo golo, após passe certeiro de Nuno Mendes, porém apenas sete dos 24 cruzamentos acabaram por surtir efeito e chegar a colegas de equipa. Um número algo reduzido, visto que tanto se tentou. No lado da Hungria, foram oito aqueles que foram bem sucedidos, num total de 20.
Relativamente à batalha no meio-campo, foi a Hungria que ganhou no setor das ações defensivas, duelos, recuperações de bola, interceptações. A seleção orientada por Marco Rossi venceu mais duelos no solo (27-21), aéreos (18-15) e recuperações (43-41). No último terço, Portugal conseguiu recuperar a bola por três ocasiões, enquanto a Hungria não conseguiu tal feito.
Por fim, é perceptível que foi Portugal a dominar grande parte do encontro e a ter mais bola nos pés - no total foram 602 passes, quase o dobro dos húngaros (308). E vê-se perfeitamente que o jogo teve apenas um sentido em muitos dos minutos, tendo em conta que 443 desses passes foram realizados no meio-campo da Hungria.
No entanto, já perto do fim e depois de algumas substituições de Martínez, a Hungria conseguiu marcar e gelar o Estádio José Alvalade.
Portugal merecia o empate? Jogou assim tão mal? Talvez não, mas pecou na eficácia, em alguma criatividade e levou à risca o velho ditado: «Quem não marca, sofre».