Francisco J. Marques divulgou vários emails ao longo de 20 sessões no Porto Canal
Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, Júlio Magalhães, antigo diretor do Porto Canal, e o comentador Diogo Faria, daquela estação televisiva, foram pronunciados esta segunda-feira para julgamento pelos crimes de violação de correspondência e acesso indevido, a propósito da divulgação de emails desviados dos servidores do Benfica, alegadamente pelo hacker Rui Pinto.
A decisão, a que a CNN Portugal (do mesmo grupo da TVI) teve acesso, é do juiz Carlos Alexandre.
O caso remonta a 2017, quando Francisco J. Marques divulgou, em direto, correspondência eletrónica trocada entre dirigentes do Benfica. O responsável do FC Porto garantia no Porto Canal que tinha recebido os documentos de fonte anónima, e também sem qualquer contrapartida.
Num programa normalmente transmitido às terças-feiras, e que teve 20 emissões sobre os emails, o então diretor de comunicação do FC Porto apontava uma série de ilícitos alegadamente cometidos pelo clube da Luz.
O Benfica decidiu então acusar vários responsáveis do FC Porto e do Porto Canal, como são os casos de Francisco J. Marques, Diogo Faria e Júlio Magalhães. A acusação recaiu ainda no presidente e em dois dois administradores da SAD azul e branca, Jorge Nuno Pinto da Costa, Adelino Caldeira e Fernando Gomes.
Na sequência do mesmo caso o Benfica acabou por mover uma ação direta contra o FC Porto, num processo cível em que exigia uma indemnização de 17,7 milhões de euros. Os dragões foram condenados ao pagamento de dois milhões de euros, mas o processo foi para recurso.