Declarações de Paulo Sérgio, treinador do Portimonense, na sala de imprensa do Portimão Estádio, após a derrota por 1-3 frente ao Benfica.
[O penálti falhado foi o momento do jogo?]
Foi um dos momentos, sim. Naquele período, tínhamos acabado de marcar, estávamos muito bem e podíamos ter complicado a vida ao Benfica. Também não é garante de nada, mas podia ter acontecido.
O que me apraz dizer é que não entrámos bem, muito soft, deixámos a bola entrar por dentro e isso não me agradou nada. Ficou muito fácil para o Benfica ganhar confiança na partida. Deixámos duas unidades com muita mobilidade e velocidade na frente para explorar o espaço nas costas, mas, nas vezes que tivemos essa possibilidade, não tivemos movimento ou o passe não saiu.
O plano não surtiu efeito nessa intenção. Sabemos da qualidade do Benfica, mas penso que podíamos ter sido mais presentes, mais agressivos nos duelos e isso não me agradou.
Fomos crescendo, ainda na primeira parte, e fizemos um belo segundo tempo. Foi pena termos falhado o penálti, mas faz parte.
Acho que é um jogo que serve de aprendizagem: é um teste que muitos atletas ainda não tinham tido e só nos pode ajudar a crescer.
[Porquê a escolha do Rildo para bater o penálti? O Carlinhos marcou o último]
Foi a minha decisão. O Carlinhos tinha batido na semana passada e isso estaria muito presente na cabeça do guarda-redes do Benfica. O Rildo já bateu este ano também, mas não foi feliz.
[Com a mudança na primeira parte, o que quis alterar na partida?]
Tentei meter uma referência (Rildo), tirando uma unidade de contenção (Estrela) para meter o Hélio e o Jasper nas posições que lhe são mais naturais.
[Quando mudou de sistema, a equipa parece que melhorou porque os médios não estavam a conseguir ligar com os dois avançados soltos…]
Não estavam a explorar o espaço nas costas e tinha sido isso o planeado, mas isso é muito mérito do Benfica.