Tracking Poll: AD volta a ficar sozinha no dia em que o Chega dá um grande salto

15 mai, 20:18
O primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, cumprimenta o presidente do Chega, André Ventura (José Sena Goulão/LUSA)

Sondagem que já conta com o dia do espasmo esofágico de André Ventura coloca o Chega bem perto do PS, que voltou a cair

Tudo separado outra vez. Depois de Aliança Democrática (AD) e PS terem visto a maior aproximação da Tracking Poll diária da Pitagórica para a CNN Portugal, as duas principais candidaturas voltam a uma lógica de afastamento.

Com a coligação liderada por Luís Montenegro a voltar a subir, depois de ter tido o pior resultado, o partido de Pedro Nuno Santos caiu, o que desfaz o empate técnico originado na última sondagem diária.

Com uma subida de 0,4 pontos percentuais, a AD fica agora nos 31,9%, enquanto o PS, que desceu 1,1%, cai para 25,2%.

A coligação continua acima dos 28,84% conquistados em 2024, enquanto o PS segue bem abaixo dos 28% obtidos no mesmo sufrágio.

Em tendência de crescimento está, claramente, o Chega. Numa Tracking Poll que tem já em consideração o espasmo esofágico sofrido por André Ventura em Tavira, o partido volta a obter o melhor resultado, depois de o mesmo já ter acontecido no dia anterior.

Com efeito, em 15 dias de sondagem diária, o Chega obteve nos últimos quatro os melhores resultados. Sempre acima dos 17%, quase sempre acima dos 18% e, desta vez, acima dos 19%.

O resultado concreto são 19,1%, fruto de uma subida de 0,8 pontos percentuais, bem acima dos 18,07% obtidos em 2024, o que deixa o partido de André Ventura sonhar com um resultado acima dos 50 deputados.

De resto, e tendo em conta as margens de erro, o Chega está a tocar num resultado máximo de 21,9%, o que o deixa a apenas 0,2 pontos percentuais do mínimo do PS.

Significa isto que Chega e PS estão, neste momento, próximos de um empate técnico.

Em quarto lugar nestas sondagens continua a Iniciativa Liberal, ainda que esta nova Tracking Poll traga a pior queda, com menos 1,4 pontos percentuais, fixando a intenção de voto em 5,6%. É, assim, o pior resultado em 15 dias, igualando os mesmos 5,6% de 10 de maio. Em todo o caso, e face aos 4,94% de 2024, continua melhor.

A queda da Iniciativa Liberal equipara-se à subida do Livre, tanto que o partido de Rui Tavares fica agora colado com o de Rui Rocha.

Com uma subida de 1,1 pontos percentuais, o Livre afirma-se como a maior força à esquerda do PS, mantendo a perspetiva de aumentar consideravelmente o seu grupo parlamentar, depois dos quatro deputados obtidos com os 3,16% em 2024. Tem agora uma intenção de voto de 5,5%.

Subida também para o Bloco de Esquerda, ainda que tímida. São mais 0,2 pontos percentuais, numa intenção de voto de 2,6%, o que deve preocupar Mariana Mortágua face aos 4,36% obtidos nas últimas eleições legislativas.

Por último, a CDU liderada por Paulo Raimundo mantém uma lógica transversal a toda a Tracking Poll: subindo ou descendo, é sempre pouco. Desta vez são menos 0,4 pontos percentuais, numa intenção de voto de 3,3%. Em 2024, recorde-se, teve uma votação muito semelhante, com 3,17%.

Nota ainda para o PAN, que voltou a subir, desta vez para 1,4%. O partido de Inês Sousa Real luta pela sobrevivência nestas eleições, até porque os 1,95% de 2024 só lhe valeram um deputado.

O número de indecisos também voltou a descer, embora se mantenha elevado. São 18,6% de inquiridos que ainda não decidiram a escolha do próximo dia 18 de maio, o que pode fazer todos os resultados mudarem substancialmente.

Ficha técnica

Durante 4 dias (11 ,12 ,13 e 14 de maio de 2025) foram recolhidas diariamente pela Pitagórica para a TVI, CNN Portugal, TSF e JN um mínimo de 202 a 203 entrevistas (dependendo dos acertos das quotas amostrais) de forma a garantir uma sub-amostra diária representativa do universo eleitoral português (não probabilístico). Foram tidos como critérios amostrais o Género, 3 cortes etários e 20 cortes geográficos (Distritos + Madeira e Açores). O resultado do apuramento dos 4 últimos dias de trabalho de campo, resultou numa amostra de 810 entrevistas que para um grau de confiança de 95,5% corresponde a uma margem de erro máxima de ±3,51.

A seleção dos entrevistados foi realizada através de geração aleatória de números de “telemóvel” mantendo a proporção dos 3 principais operadores móveis. Sempre que necessário foram selecionados aleatoriamente números fixos para apoiar o cumprimento do plano amostral. As entrevistas são recolhidas através de entrevista telefónica (CATI – Computer Assisted Telephone Interviewing).

O estudo tem como objetivo avaliar a opinião dos eleitores portugueses, sobre temas relacionados com as eleições, nomeadamente os principais protagonistas, os momentos da campanha bem como a intenção de voto dos vários partidos. Foram realizadas 1561 tentativas de contacto, para alcançarmos 810 entrevistas efetivas, pelo que a taxa de resposta foi de 51,89%. A ficha técnica completa, bem como todos os resultados, foram depositados junto da ERC - Entidade Reguladora da Comunicação Social que os disponibilizará para consulta online.

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