Polícias municipais em greve de 24 horas para reivindicar aumentos salariais

Agência Lusa , AM
14 set 2022, 06:37

Existem cerca de 900 agentes das polícias municipais, a trabalhar em 37 autarquias do país

Os polícias municipais realizam hoje uma greve de 24 horas para exigir a regulamentação da carreira e aumentos salariais, concentrando-se, em protesto, junto à residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa.

Em declarações à Lusa, o presidente do Sindicato Nacional das Polícias Municipais (SNPM), Pedro Oliveira, explicou estar a “contar com uma adesão de 90% e com a participação em Lisboa de cerca de 500 agentes”, adiantando ter “cinco autocarros cheios”.

Atualmente, existem cerca de 900 agentes das polícias municipais, a trabalhar em 37 autarquias do país.

De acordo com o sindicalista, os agentes sentem-se “desrespeitados e menosprezados”, uma vez que “a sua carreira profissional não está a ser valorizada, lembrando que os profissionais “estão a trabalhar com um salário que dista apenas sete euros do ordenado mínimo nacional”.

“A carreira dos polícias municipais no regime geral está por regulamentar desde 2009. Estamos há 13 anos a aguardar pela regulamentação. Nasceu com salários muito parcos, as progressões são lentas e as alterações de escalão muito baixas”, descreveu Pedro Oliveira.

O presidente do SNPM acusa os diferentes governos de se “esquecerem” destes agentes, ao contrário do que acontece com outros grupos profissionais.

“O nosso salário no início da carreira era o equiparado ao assistente técnico. Eles andaram a negociar a alteração dos índices do início das carreiras da administração pública. Os técnicos superiores foram aumentados e, mais uma vez, se esqueceram dos agentes da polícia municipal”, criticou.

“É a polícia mais barata que existe. Não existe na Europa polícia que ganhe menos e que tenha menos respeito por parte da entidade patronal, administração pública. Isto em termos de inflação, agora, torna-se totalmente insuportável”, alertou.

Devido a estas condições, Pedro Oliveira estima que nos últimos tempos abandonaram esta profissão cerca de 400 agentes.

Os agentes concentram-se a partir das 11:30 no Largo de Santos, partindo cerca das 12:00 em marcha de protesto em direção à residência oficial do primeiro-ministro, António Costa, em São Bento.

No dia 03 de outubro, o SNPM será recebido pelo secretário de Estado da Administração Local, Carlos Miguel.

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