Restos mortais encontrados há 40 anos pertencem ao músico Frank Little Jr.

CNN Portugal , MJC
15 dez 2021, 13:01
Frank Little Jr. (modelo da vítima/ foto)

Investigadores estão convencidos de que a morte se deveu a homicídio.

Restos mortais encontrados num saco de lixo há quase 40 anos foram agora identificados como pertencentes a Frank "Frankie" Little Jr., um membro da banda de R&B The O'Jays, de acordo com a polícia de Twinsburg em Ohio, nos EUA.

Os investigadores usaram ADN de familiares de Frank "Frankie" Little Jr. para identificar os restos mortais encontrados a 18 de fevereiro de 1982. A polícia admite, no entanto, que não sabe muito sobre o desaparecimento e a morte do músico.

Little nasceu em 1943, cresceu em Cleveland e, em meados dos anos 60, foi guitarrista e compositor dos O'Jays. O guitarrista e compositor trabalhou com o vocalista e cofundador Eddie Levert em algumas canções, incluindo "Do the Jerk" de 1964, "Pretty Words" de 1966 e "Oh, How You Hurt Me" de 1967.

Segundo um comunicado da banda, citado pela CNN, Frank Little Jr. terá feito parte da banda nos primeiros tempos e, desde então, não mais tiveram notícias dele: "Ele veio connosco quando saímos de Cleveland e viajámos para Los Angeles pela primeira vez, mas estava apaixonado por uma rapariga em Cleveland de quem sentia muita falta. Depois de um curto período de tempo acabou por voltar para ela", explica a banda.

Little cumpriu dois anos de serviço militar no Exército dos EUA, o que incluiu um destacamento durante a Guerra do Vietname, de acordo com o comunicado à imprensa. Tinha uma filha, que faleceu em 2012, e um filho que ainda não foi localizado nem identificado.

Os restos mortais foram encontrados num saco de lixo atrás de uma empresa, que atualmente já não existe, em Twinsburg. Um funcionário encontrou uma caveira na neve, o que levou a polícia a fazer buscas e depois a encontrar o saco. Segundo a CNN, a análise dos ossos revelou vestígios de trauma e os investigadores estão convencidos de que a morte se deveu a homicídio.

O projeto DNA Doe

Na altura em que os restos mortais foram encontrados concluiu-se que pertenciam a um homem afro-americano de 20 a 35 anos de idade com aproximadamente 1,68 metros de altura e que pode ter tido cifose (um desvio da coluna) durante a adolescência. Mas apesar de todas estas informações, a identidade da vítima permaneceu um mistério.

O caso foi arquivado na época da descoberta dos restos mortais mas em 2009 acabou reaberto por iniciativa do sargento Greg Feketik. Ainda assim, os esforços para relacionar o ADN do homem com alguma das amostras existentes nos vários bancos de dados, incluindo no do FBI, foram infrutíferas. Também houve tentativas de criar um modelo do rosto do homem com base no crânio encontrado. Em 2018, o detetive Eric Hendershott aceitou o caso e começou a trabalhar com o DNA Doe Project, uma organização sem fins lucrativos que ajuda a identificar desconhecidos com base em genealogia genética - foi assim que os investigadores chegaram a Frank Little Jr. A família confirmou que ele tinha desaparecido e forneceu uma amostra de ADN.

Essa amostra foi analisada pelo laboratório de crimes do Ohio Bureau of Criminal Investigation e a identidade de Little foi então confirmada. 

Acredita-se que Little foi visto com vida pela última vez em meados da década de 1970, de acordo com a polícia, e residia em Cleveland, a cerca de 38 quilómetros do local onde os restos mortais foram encontrados. A família não sabia o que lhe tinha acontecido. A polícia continua a investigar o caso para determinar o que aconteceu com o músico. 

E.U.A.

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