PJ prende fuzileiros pelo homicídio de agente da PSP

21 mar 2022, 21:27

Suspeitos estavam retidos no Alfeite

A Polícia Judiciária entrou esta noite na base do Alfeite, em Almada, para deter os dois militares suspeitos do homicídio de um agente da PSP, na sequência das brutais agressões da madrugada de sábado junto à discoteca MOME, em Lisboa. Entretanto, a Polícia Judiciária confirmou isso mesmo em comunicado, dando conta de que um terceiro suspeito foi detido. Os homens detidos têm 21, 22 e 24 anos.

Fábio Guerra, de 26 anos, acabou por morrer na manhã desta segunda-feira no hospital de São José, onde estava internado, e os dois elementos do corpo de Fuzileiros, suspeitos do crime, estavam retidos no Alfeite a aguardar o desenrolar da investigação.

"Foram realizadas buscas domiciliárias e não domiciliárias aos três arguidos, incidindo sobre as suas residências, viaturas e unidade militar", acrescentou a PJ em comunicado.

Os dois fuzileiros detidos vão dormir ao presídio militar de Tomar. Já o terceiro suspeito vai passar a noite no estabelecimento prisional anexo à PJ. Os três detidos serão presentes ao Tribunal de Instrução Criminal na quarta-feira.

No domingo, a Marinha Portuguesa revelou que dois fuzileiros estão a responder a um inquérito interno e “à disposição das autoridades” para as investigações sobre os acontecimentos que conduziram à agressão de quatro polícias no exterior de uma discoteca em Lisboa.

Os outros três agentes da PSP agredidos junto à discoteca Mome, na Avenida 24 de Julho, tiveram sábado alta do hospital e prestaram declarações à Polícia Judiciária, que está a investigar o caso, disse à Lusa fonte da PSP.

Em comunicado divulgado no sábado, a PSP referia que o incidente ocorreu pelas 06:30 desse dia “no exterior de um estabelecimento de diversão noturna” e começou “com agressões mútuas entre vários cidadãos”.

Segundo relata a polícia, no local encontravam-se “quatro polícias, fora de serviço, que imediatamente intervieram, como era sua obrigação legal”, acabando por ser agredidos “violentamente” por um dos grupos.

O Presidente da República e o Governo já vieram lamentar a morte do agente, sendo que o Ministério da Defesa garantiu que os factos do caso vão ser apurados. Por todo o país têm-se multiplicado as homenagens, como aquela que se fez na noite desta segunda-feira, em frente à esquadra de Alfragide, de onde era o jovem.

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