Sete detidos ao tentar embarcar em voo com comprovativos falsos de teste à covid-19

17 jan 2022, 11:45

Quatro homens e três mulheres foram sujeitos a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, estando indiciados dos crimes de falsificação de documentos, propagação de doença e branqueamento de capitais

A Polícia Judiciária (PJ), através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, deteve sete pessoas suspeitas de tentar embarcar num voo com comprovativos de resultados à covid-19 falsos, no Aeroporto Humberto Delgado. 

O grupo era constituído por quatro homens e três mulheres, com idades entre os 26 e 36 anos, que se preparavam para apanhar um voo para outro país dentro do espaço europeu. A detenção foi efetivada já nas portas de embarque.

Os sete detidos estão indiciados dos crimes de falsificação de documentos, propagação de doença e branqueamento de capitais. Os suspeitos foram sujeitos a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.

Das sete pessoas intercetadas pela PJ, seis são clientes, que compraram os comprovativos, e um faz parte do esquema de falsificação de testes de despiste à covid-19.

Os documentos eram disponibilizados na internet e vendidos a pessoas que precisam de viajar com urgência. Em alguns casos, as datas e identidade dos utentes eram falsificadas em relação a testes anteriores.

Os suspeitos acabaram todos por sair em liberdade, sendo que o detido ligado ao esquema ficou com apresentações.

Nesta operação Voo Rasante, a PJ contou ainda com a colaboração dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS). As autoridades realçam que "importa manter uma estratégia robusta de testagem, aspeto essencial da prevenção da propagação e resposta à pandemia de covid-19, permitindo a deteção precoce de indivíduos potencialmente infetados".

"A falsificação de resultados dos testes põe em causa a confiança nos mesmos, gera insegurança nos operadores e no cidadão comum, inviabiliza a adoção das medidas adequadas à contenção da propagação e, suscitando a dúvida sobre a autenticidade dos comprovativos", alerta o comunicado da PJ.

 

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