Ficar em casa ou limitar atividade física: DGS deixa recomendações devido às poeiras do Norte de África

15 mar 2022, 15:32

Poeira que pintou céu em tons de laranja levou Direção-Geral da Saúde a elaborar conselhos para a população

A poeira vinda do deserto do Saara, no Norte de África, já chegou a Portugal, que acordou esta terça-feira com o céu alaranjado, principalmente nas regiões Norte e Centro do país. De acordo com informação adiantada pelo Instituto do Mar e da Atmosfera (IPMA), a situação deve prolongar-se até quinta-feira.

"Verifica-se uma situação de fraca qualidade do ar no Continente. Esta situação deve-se à intrusão de uma massa de ar proveniente dos desertos do Norte de África, que transporta poeiras em suspensão e que atravessa Portugal Continental, aumentando as concentrações de partículas inaláveis de origem natural no ar", lê-se na nota enviada pela Direção-Geral da Saúde (DGS), que dá conta que este poluente tem efeitos nocivos para a saúde humana, principalmente entre a população mais sensível, como crianças e idosos.

A entidade de saúde alertou para os cuidados redobrados a ter durante estes dias, deixando um conjunto de recomendações para toda a população, sobretudo para os grupos de risco sinalizados.

  • Evitar esforços prolongados;
  • Limitar a atividade física ao ar livre;
  • Evitar a exposição a fatores de risco, como o fumo do tabaco e o contacto com produtos irritantes;
  • Os grupos vulneráveis devem manter-se no interior dos edifícios e preferencialmente com as janelas fechadas.

Este grupo inclui as crianças, os idosos, os doentes com problemas respiratórios crónicos (designadamente asma) e doentes do foro cardiovascular. 

  • Os doentes crónicos devem manter os tratamentos médicos em curso;
  • Caso tenha sintomas, a DGS recomenda que contacte a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) ou recorra a um serviço de saúde.

Lembre-se que a Agência Portuguesa do Ambiente alertou para uma situação de fraca qualidade do ar devido a elevados níveis de partículas inaláveis devido às nuvens de poeira.

“Está a ocorrer uma intrusão de uma massa de ar proveniente dos desertos do Norte de África originado uma situação de fraca qualidade do ar com elevados níveis de partículas inaláveis (PM10)”, refere a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), em comunicado.

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