O MAISFUTEBOL na Arábia Saudita com Daniel Podence
O MAISFUTEBOL viajou até à capital Riade, a convite da Liga Saudita, tendo aproveitado a ocasião para se encontrar com Daniel Podence.
O extremo chegou no fim de agosto ao Al Shabab, de Vítor Pereira, e lesionou-se num dos primeiros treinos, não tendo ainda conseguido estrear-se. Mesmo assim só tem elogios para o clube.
Nesta entrevista ao MAISFUTEBOL e A Bola, garantiu que quer ser o melhor jogador da Liga e não excluiu a hipótese de ganhar um título: diz até que já ganhou títulos mais improváveis.
Quais são as sensações nestes primeiros dias por cá?
Muito boas sensações. Um clube com muito boas condições, uma cidade incrível, com muito potencial e que está a crescer muito, mesmo em infraestruturas. O tempo é um calor incrível, pelo que jogar futebol não é a coisa mais fácil, mas as impressões são muito, muito boas. A equipa técnica [liderada por Vítor Pereira] também é muito, muito boa, acolhedora e trabalha muito bem. Sinceramente, não estava à espera. Acho que as impressões são todas positivas.
E porque é que decidiu aceitar este desafio aos 28 anos? Geralmente os jogadores vêm mais velhos para a Arábia Saudita.
Depois do que eu fiz no ano passado, ganhando uma competição europeia - o que, mesmo sem querer, era uma coisa que eu procurava -, senti que já não havia muito a fazer na Europa. Já tinha estado algum tempo na Premier League e já tinha experienciado muita coisa. Assim que a Arábia Saudita surgiu, com o crescimento que está a ter, senti que era um passo muito bom para dar na minha carreira. Tinha o Wolverhampton, mas não é um projeto que se adeque a mim neste momento. Por isso vir para Riade era passo muito importante e, lá está, eu gosto de desafios e este era um desafio muito grande para mim.
Gosta de ir para locais onde não saiba bem o que esperar?
Gosto de desafios em que não saiba o que me espera, desafios em que tenha de dar muito mais de mim para que que se ouça falar no meu nome. Acho que neste momento, se estiver bem na Arábia Saudita, vou dar mais um passo muito bom na minha carreira, tanto a nível profissional, como familiar. Estive bem em Inglaterra, cresci enquanto profissional e enquanto pessoa, na Grécia igualmente, por isso acho que este era o passo a dar nesta fase. Por tudo o que envolve a Arábia Saudita.
Aos 28 anos, quais são os sonhos que ainda tem no futebol?
Muitos. Tenho o sonho de ser o melhor jogador da Liga Saudita. Sei que há muita qualidade, mas sei que também tenho uma equipa muito boa e que me pode ajudar. Esse é o meu sonho atualmente. E viver feliz.
Quer ser o melhor jogador da Arábia Saudita... E onde fica Cristiano Ronaldo?
Melhor marcador. A ideia é eu ser o melhor jogador e ele o melhor marcador. Ficamos os dois contentes.
Num campeonato com Al Hilal, Al Nassr e Al Ittihad, é possível o Al Shabab ser campeão?
É muito possível. Acho que a probabilidade é maior do que o Olympiakos ter sido campeão da Conference League ou o Moreirense ter sido o Vencedor da Taça da Liga. Eu procuro desafios e, não tendo vindo com essa ideia fixa do nosso Al Shabab ser campeão, pode muito bem ganhar algum título, seja ele o campeonato ou a taça, portanto se fizermos uma gracinha... estamos cá para isso mesmo.