Governo quer diminuir pobreza e promete medidas para atingir "meta ambiciosíssima" de 10% até 2030

Agência Lusa , BCE
17 mar 2023, 17:27
Supermercado (Getty Images)

Depois das medidas na área da habitação, o Governo prepara-se agora para anunciar “muito em breve” medidas de apoio para bens alimentares

O Governo quer diminuir de 16 para 10% a pobreza em Portugal até 2030 e deverá anunciar em breve medidas para atenuar os efeitos da inflação na alimentação, anunciou a coordenadora da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza.

“Nós queremos reduzir a pobreza para 10% até 2030. Isto é uma meta ambiciosíssima”, disse Sandra Araújo, no Porto, à margem da Cimeira das Pessoas da Rede Europeia Anti-Pobreza.

Afirmando que a pobreza afeta atualmente mais de 16% da população, a responsável acrescentou: “Eu estou no trabalho de combate à pobreza há 30 anos e não me lembro de termos nunca assumido uma meta tão ambiciosa”.

Sandra Araújo apontou ainda a ambição de reduzir para metade o número de trabalhadores pobres em Portugal e a pobreza infantil, compromissos políticos já assumidos.

A Estratégia Nacional contra a Pobreza (ENCP) 2021-2030 não sofreu alterações devido à inflação atual e ao aumento dos preços dos bens alimentares, contou, realçando que, para responder a questões sociais emergentes, o Governo decidiu tomar algumas medidas.

Depois de ter tomado medidas na área da habitação, o Governo prepara-se agora para anunciar “muito em breve” medidas de apoio na questão alimentar, nomeadamente naquela associada aos custos dos bens alimentares.

“O governo irá anunciar muito em breve novas medidas de apoio nessa área [alimentar], assim como já anunciou medidas em concreto para a área da habitação, apoiando também as famílias que estão em situação de maior vulnerabilidade social”, realçou.

Segundo Sandra Araújo, a atual Estratégia Nacional contra a Pobreza é diferente de todas as outras porque tem um eixo decisivo que é o apelo à participação e ao compromisso coletivo.

“Esta é a grande mensagem: um problema desta natureza e com caráter tão complexo, tão estrutural e tão multidimensional não pode ser só abordado pela vertente das políticas sociais, todas as políticas públicas têm de ser convocadas para este objetivo e toda a sociedade tem de ser convocada”, afirmou.

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