Não leu o livro de Carolina Salgado nem nunca viu o filme que conta a história da alegada corrupção do Apito Dourado. Revelações numa entrevista exclusiva ao Jornal Nacional da TVI
Nunca matou nem roubou ninguém e garante que ainda não chegou a hora de se confessar, ainda que tenha feito “os pecados normais”. Jorge Nuno Pinto da Costa, cujo nome foi envolvido num alegado escândalo de corrupção no início do século, garantiu que nunca esteve preocupado com essas acusações, das quais acabou absolvido.
Em entrevista exclusiva ao Jornal Nacional da TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal), o ex-presidente do FC Porto lembrou que foi absolvido das acusações de corrupção que sobre si caiam.
Para Pinto da Costa tudo não passou de um processo que tinha mais que ver com o então vice-presidente da Câmara Municipal de Gondomar, José Luís Oliveira, do que com o então presidente do FC Porto ou o clube dos dragões.
Uma operação que Pinto da Costa não quer dizer que foi “orquestrada”, mas que sugeriu ter tido o envolvimento de algumas pessoas, algumas delas com quem até se dá bem, mas cujos nomes prefere não revelar.
“Nunca tive influência, nunca me preocupei”, garantiu o ex-presidente do FC Porto, lavando as mãos de eventuais ligações ilegais ao processo Apito Dourado ou a quaisquer outras polémicas judiciais.
Apesar da absolvição, o processo acabou por dar origem a um livro, “Eu, Carolina”, daquela que era, então, a namorada de Pinto da Costa, Carolina Salgado. Um livro em que se contam alegados esquemas para beneficiar o FC Porto, nomeadamente pelo aliciamento a árbitros, algo que nunca foi comprovado.
O livro acabou por dar em filme, “Corrupção”, mas Pinto da Costa nunca leu ou viu nada. “Contaram-me, é tudo mentira, evidentemente”, sublinhou.
“Acho que não [se compravam árbitros]. Não é verdade que tenha comprado árbitros”, reiterou, dizendo que acha até “injusto” para a classe essas acusações.
