Estado vê apoio à TAP como investimento num ativo estratégico

Agência Lusa
3 dez 2021, 13:40
Pedro Siza Vieira - ministro da Economia

Pedro Siza Vieira destacou o contributo positivo da TAP para a balança comercial foi de "quase 2% do PIB em 2019"

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital disse esta sexta-feira, em Aveiro, considerar a TAP "uma das empresas mais críticas para o futuro coletivo", devendo o apoio à companhia ser visto como um investimento num ativo estratégico.

A TAP é provavelmente das empresas mais críticas para o nosso futuro coletivo”, disse Pedro Siza Vieira no 46.º Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, em Aveiro.

O ministro lembrou que, sendo uma empresa exportadora, se a companhia de bandeira desaparecesse o país sentiria um impacto "imediatamente negativo" no Produto Interno Bruto (PIB), na balança externa, mesmo que conseguindo "provavelmente ter ainda alguma conectividade aérea".

"O contributo positivo da TAP para a balança comercial foi de quase 2% do PIB" em 2019, afirmou.

“Desaparecer uma companhia com as características da TAP tinha um impacto imediatamente negativo na nossa balança comercial, no nosso PIB, no nosso endividamento externo”, afirmou.

Lembrando que todos os Estados do mundo tiveram que meter muito dinheiro nas suas companhias aéreas, o ministro acredita que não ajudar a TAP levará ao arrependimento daqui a uma década.

“O esforço que estamos a fazer na TAP deve ser visto como um investimento que todos estamos a fazer num ativo que é estratégico para o país e que, se nos víssemos privados dele, provavelmente iríamos lamentá-lo mais tarde”, sustentou.

Sem TAP, “não vale a pena ter um novo aeroporto muito significativo"

Pedro Siza Vieira disse ainda que “não vale a pena ter um novo aeroporto muito significativo" se não existir "a TAP”, pois acredita que o movimento aeroportuário cresceu em Lisboa "porque a TAP cresceu" e que o crescimento da companhia é que motivou que outras companhias aéreas tivessem vindo para Portugal.

"E não estou a falar do ponto a ponto europeu. Conseguimos cobrir praticamente toda a Europa com companhias de curto alcance para qualquer destino na Europa. A conectividade intercontinental não existiria em Lisboa se a TAP não tivesse o seu 'hub' em Lisboa. É absolutamente crítico para mantermos esta ligação direta ao mundo que tenhamos uma companhia que faz do aeroporto de Lisboa o seu 'hub'”, sublinhou Pedro Siza Vieira.

O ministro lembrou que ao estamos na ponta da Europa, é a TAP e o seu 'hub' na capital que permite a Portugal "viver num mundo onde a conectividade internacional é absolutamente crítica".

Cerca de 95% das pessoas que chegam ou saem de Portugal fazem-no por via aérea.

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