Presidente da FPF, Fernando Gomes, fala do percurso do central e lembra momentos como a final do Euro 2016 ou «como jogou com uma fratura no braço» no Mundial 2022
O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, reagiu na tarde desta quinta-feira ao anúncio do fim de carreira de Pepe como futebolista, falando em alguém que, aos 41 anos, deixa «como legado um exemplo de profissionalismo, dedicação e, acima de tudo, de enorme paixão pelo futebol e pela Seleção».
«Tendo chegado do Brasil há cerca de 20 anos, na altura para representar o Marítimo, teve um percurso pelo FC Porto e, mais tarde, pelo Real Madrid e Besiktas. Mas, acima de tudo, o que temos de recordar do Pepe é o seu extraordinário sentimento de paixão pela Seleção e por Portugal, país que o acolheu e que soube dar-lhe a expressão futebolística que todos nós tivemos a oportunidade de ver ainda muito recentemente no Euro 2024», prosseguiu Fernando Gomes, na sua mensagem, publicada através dos canais oficiais da FPF.
Pepe estreou-se na seleção portuguesa em novembro de 2007, num Portugal-Finlândia (0-0), com o selecionador Luiz Felipe Scolari, num jogo que valeu a qualificação da Seleção para o Euro 2008. Seria o primeiro de 141 jogos por Portugal, entre os quais marcou oito golos e tem como ponto alto as conquistas do Euro 2016 e da Liga das Nações em 2019.
«Pepe começou connosco, na FPF, em 2007. Participou em nove fases finais, entre Mundiais e Europeus, e ainda na final four da Liga das Nações e na Taça das Confederações, jogando, com o emblema da Seleção ao peito, mais de 140 partidas. É um exemplo de profissionalismo extraordinário. Recordo bem a forma como participou na final do Euro 2016, ou como jogou com uma fratura no braço o desafio diante Marrocos no Mundial no Qatar e como se apresentou, aos 41 anos, com a mesma paixão, dedicação e pundonor no Euro 2024», destacou, ainda, Fernando Gomes, terminando com um especial agradecimento, na qualidade de presidente da FPF.
«Não posso, como presidente da FPF, deixar de lhe agradecer estes 17 anos ao serviço da Seleção. Sempre se manifestou grato à Seleção e a Portugal pela oportunidade que lhe foi dada por se afirmar como um dos maiores defesas centrais da história do futebol português, europeu e mundial», concluiu.