Salvaram-se um segundo barbeiro e outro cliente, que assistiram a tudo e fugiram, mas não sem que antes Fernando Silva ainda disparasse na direção do primeiro, falhando
Fernando Silva entrou na ‘BarberShop’ em Lisboa, pelas 13:15 de dia 2 e repetiu, exaustivamente, “vais-me cortar o cabelo”; ao que Carlos Pina, sentado, lhe respondeu: “Se esperares, corto, mas agora vou só almoçar”. Sem mais discussão, o primeiro puxou então de uma pistola de calibre 6,35 mm e executou a vítima com um tiro na cabeça. À porta da barbearia, Bruno Neto, um outro cliente, perguntou ao homicida se era “preciso isto” – e também ele foi rapidamente atingido com um disparo na cabeça, que lhe tirou a vida. Quanto a Fernanda, que acompanhava o marido, limitou-se a gritar, em choque, mas foi igualmente morta a tiro, de arma encostada à testa.
Salvaram-se um segundo barbeiro e outro cliente, que assistiram a tudo e fugiram, mas não sem que antes Fernando Silva ainda disparasse na direção do primeiro, falhando. É por isso que o atirador de 33 anos, que ficou esta quinta-feira em prisão preventiva, responde ainda por um homicídio tentado, além de três na forma consumada.
São estes os factos apurados pela investigação da Polícia Judiciária, em articulação com o DIAP de Lisboa, que estabelece ainda a cronologia da fuga - a que a CNN Portugal teve acesso: o homicida guardou a arma e entrou no jipe do pai, que o aguardava ao volante. Dentro do veículo estavam ainda a mulher e os filhos menores de Fernando Silva – e rapidamente fugiram do local.
Uma semana depois, Fernando foi entregue à PJ pelo pai. Não prestou declarações em tribunal.