De acordo com a Unidade Operacional Central (UCO) da Guardia Civil, Santos Cerdán, secretário de organização do partido de Sánchez, é uma das peças-chave do caso Koldo. Segundo a investigação, Santos Cerdán foi o responsável pelo pagamento de subornos decorrentes da adjudicação irregular de obras públicas. Este esquema tinha como principais beneficiados José Luís Ábalos, antigo ministro de Sánchez e deputado do PSOE, e Koldo García, ex-assessor de Ábalos
O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, pediu esta quinta-feira perdão ao país após um escândalo que envolve uma das mais altas figuras do PSOE.
"Estou a pedir desculpa ao público e aos apoiantes do PSOE. Até esta manhã, estava convencido da integridade de Santos Cerdán", disse o chefe do executivo espanhol, citado pelo El País.
De acordo com a Unidade Operacional Central (UCO) da Guardia Civil, Santos Cerdán, secretário de organização do partido de Sánchez, é uma das peças-chave do caso Koldo. Segundo a investigação, Santos Cerdán foi o responsável pelo pagamento de subornos decorrentes da adjudicação irregular de obras públicas. Este esquema tinha como principais beneficiados José Luis Ábalos, antigo ministro de Sánchez e deputado do PSOE, e Koldo García, ex-assessor de Ábalos.
Os subornos totalizam cerca de 620 mil euros.
"Durante semanas e meses, circularam rumores sobre alegadas investigações em curso, mas não havia provas do envolvimento de Santos Cerdán no famoso caso Koldo. Esta manhã surgiram estes indícios, que são obviamente muito graves, e é por isso que esta tarde pedi a Santos Cerdán que se demitisse", disse Pedro Sánchez.
O primeiro-ministro espanhol frisou que “não deveria ter confiado” em Santos Cerdán, e revelou que o secretário de organização do PSOE reiterou a sua inocência no momento do pedido de demissão.
“Estou indignado e profundamente triste por ver todo um projeto político em que milhões de pessoas confiam e do qual dependem milhões de pessoas ser afetado pelo comportamento de alguns”, lamentou o Sánchez, que fechou também a porta a eleições antecipadas.
"Creio que este governo está claramente a ser assediado pela oposição numa multiplicidade de questões que nada têm a ver com a realidade. E o governo, quando encontra indícios que podem ser substantivos e materiais para processos judiciais como o que nos trouxe aqui hoje, o PSOE atua", completou.