"Hoje é um dia muito importante para a TAP, para o país e para o Governo": Pedro Nuno Santos reage ao acordo com Bruxelas

21 dez 2021, 19:59

Uma reação que foi muito mais um elogio à transportadora, "uma das maiores exportadoras nacionais", e uma longa explicação do processo de negociação "difícil e complexo" que nunca quis fazer da empresa "uma TAPzinha"

"Hoje é um dia muito importante para a TAP, para o país e para o Governo. O plano de reestruturação da TAP foi aprovado, felizmente os nossos argumentos foram bem recebidos, o trabalho do Governo está feito, os resultados são bons, a reestruturação em particular", afirmou o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, na reação ao acordo fechado com Bruxelas.

Uma reação que foi muito mais um elogio à transportadora, "uma das maiores exportadoras nacionais", e uma longa explicação do processo de negociação "difícil e complexo" que nunca quis fazer da empresa "uma TAPzinha".

"Em boa hora a Comissão Europeia entendeu os argumentos e aprovou o plano de reestruturação", sublinhou.

Ladeado pelo secretário de Estado do Tesouro, Miguel Cruz, e pelo secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Hugo Santos Mendes, Pedro Nuno Santos sublinhou que "Portugal não se podia dar ao luxo de perder a TAP, como já perdeu a Cimpor, a PT e outras empresas nacionais".

"Não vamos ficar com uma TAPzinha, vamos ficar com uma TAP com uma redução do números de aviões, obviamente tínhamos de fazer um processo de ajustamento face à situação que estamos a viver, mas que não se pode dizer que uma empresa que volta a ter um número de aviões superior ao segundo melhor ano da sua história em número de aviões seja uma TAPzinha", defendeu o ministro.

Tal como a CNN Portugal avançou em primeira mão, a Comissão Europeia aprovou o plano de reestruturação da TAP e a ajuda estatal de 2.550 milhões de euros, impondo que a companhia aérea abdique de 18 slots por dia no aeroporto de Lisboa.

"Quando dissemos que se a TAP fechasse não era substituída por mais nenhuma isto é a mais pura das verdades. Para uma companhia aérea ter o modelo de negócio do Hub tinha de estar sediada no aeroporto de Lisboa. Se a TAP falisse deixaríamos de ter o Hub [aeroporto que serve como centro de distribuição e transferência de voos] em Lisboa e os voos de Brasil, África e Estados Unidos passariam a parar em Madrid, Paris ou Berlim", explicou.

Mas não fechar não significa que sobreviva sozinha, apontou Pedro Nuno Santos, que admitiu haver "vários interessados" em colaborar  com a TAP.

"É para nós claro que num negócio altamente competitivo da aviação, uma companhia aérea não sobrevive isolada e, portanto, estamos a trabalhar para que a TAP possa vir a estar num grupo importante de aviação, porque essa é a forma mais sólida e consistente de conseguirmos a viabilidade", admitiu, esclarecendo, ainda, que a privatização da TAP não está em cima da mesa.

Não está a privatização e não estão os despedimentos, assegurou também o ministro.

Quanto à Portugália, Pedro Nuno Santos adiantou que vai ser um “instrumento da estratégia da TAP para os próximos anos".

“A Portugália é uma empresa estratégica, é uma aposta no quadro do plano de reestruturação da TAP, não haja a menor dúvida nessa matéria”, garantiu.

 

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