Pedro Nuno Santos responsabiliza Cavaco Silva pelo atraso da ferrovia

Agência Lusa , CE
30 set 2022, 14:58
Pedro Nuno Santos (Lusa)

O antigo Presidente da República defendeu que o ministro das Infraestruturas devia ter-se demitido

O ministro das Infraestruturas considerou esta sexta-feira injustas as críticas de Cavaco Silva ao Governo, considerando que o PS colocou Portugal a crescer dentro da média europeia, e responsabilizou o antigo Presidente da República pelos atrasos na reforma da ferrovia.

“O ex-presidente da República, no seu artigo, esqueceu-se de referir que, durante os governos do Partido Socialista, Portugal tem convergido com a média da União Europeia e não temos estado a ficar para trás”, disse Pedro Nuno Santos aos jornalistas, quando foi questionado sobre o artigo de Aníbal Cavaco Silva publicado hoje no jornal Público.

Nesse artigo, o antigo Presidente da República defendeu que o ministro das Infraestruturas devia ser demitido, o que levou Pedro Nuno Santos a afirmar que “é uma injustiça”.

“A única exigência dele é a de que se façam reformas. Depois de, na segunda metade da década de 80 e primeira metade da década de 90 [quando Cavaco Silva foi primeiro-ministro] se ter abandonado e desinvestido na ferrovia, nós hoje estamos a fazer uma profunda reforma estrutural na mobilidade, apontando e dando novamente centralidade à ferrovia”, justificou.

“Essa é uma reforma importante para recuperar anos de atraso e esses 10 anos, entre a segunda metade da década de 80 e a primeira metade da década de 90, foram tremendamente negativas para a ferrovia”, sublinhou o governante, que falava à margem da inauguração das obras de requalificação do Bairro João de Deus, em Arruda dos Vinhos, no distrito de Lisboa.

O antigo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, defendeu esta sexta-feira que o primeiro-ministro António Costa e o Governo devem sair “da situação de imobilismo” para realizarem as reformas decisivas e colocar a economia portuguesa numa trajetória de crescimento sustentável.

O antigo chefe de Estado lembrou que, em abril, tinha estimado que “ao fim de seis meses de vida do Governo de maioria absoluta do PS, talvez já existisse informação objetiva que possibilitasse uma avaliação da sua coragem política para fazer as reformas decisivas para colocar a economia portuguesa numa trajetória de crescimento sustentável superior à dos países da União Europeia nossos concorrentes”.

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