Ministro assume que reunião que não acontece há 10 anos no Banco de Portugal tem "timing relevante"

8 jan, 22:42
O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte (LUSA/Filipe Amorim)

Caso Hélder Rosalino está na sombra da decisão do ministro das Finanças de convocar a Comissão de Vencimentos do Banco de Portugal

O ministro dos Assuntos Parlamentares recusa que a convocação de uma reunião da Comissão de Vencimentos do Banco de Portugal seja uma retaliação contra o governador do Banco de Portugal.

Pedro Duarte garantiu, em entrevista à CNN Portugal, que a decisão do ministro das Finanças em convocar esta mesma comissão, que não se reúne há 10 anos, visa garantir um escrutínio.

“O timing é relevante”, admitiu, ainda assim, o ministro, pedindo transparência, ainda para mais em órgãos públicos, como é o caso do Banco de Portugal.

Questionado se Mário Centeno poderá ver esta reunião como retaliação ao caso Hélder Rosalino, administrador que, entretanto, até já foi nomeado para novo cargo na estrutura do Banco de Portugal, Pedro Duarte fugiu à questão, mas acredita que o governador do Banco de Portugal deve ser o “primeiro interessado” neste tipo de encontros.

Sobre o caso de Hélder Rosalino em concreto, ele que foi nomeado para o cargo recentemente criado de secretário-geral do Governo, o ministro dos Assuntos Parlamentares recusa a ideia de uma lei à medida. “Se necessitávamos de uma prova de que não é à medida é que não vai ser executada para o doutor Hélder Rosalino”, sublinhou, lembrando a desistência do próprio.

“Aquilo que estava em causa era, manifestamente, uma poupança para o dinheiro dos portugueses”, afirmou, frisando que o salário que ia ser auferido por Hélder Rosalino (15 mil euros) se baseava num “princípio mais ou menos óbvio”, e que passa por não reduzir salários quando existem transferências de funções públicas.

Ainda assim, e conforme a CNN Portugal avançou, Hélder Rosalino deixou de receber o vencimento de 15 mil euros mensais pagos pelo Banco de Portugal em setembro. Pedro Duarte assume que isso é “uma novidade”, referindo que não vê qualquer problema neste caso.

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