Líder do PCP diz que alguém está a mentir e vai ter que dar explicações

Agência Lusa , DCT
29 abr 2023, 19:54
O Secretário-Geral do PCP, Paulo Raimundo, durante uma conferência de imprensa para a apresentação das principais conclusões do Comité Central do partido, em Lisboa, 3 abril 2023 (André Kosters/LUSA)

Paulo Raimundo admitiu que o primeiro-ministro, António Costa, “está à espera de maio” para falar sobre o assunto e voltou a dizer que “quando maio chegar alguém vai ter que se explicar”.

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, afirmou hoje que quem está a mentir vai ter que dar explicações na polémica entre o ministro João Galamba e o seu ex-adjunto sobre a reunião preparatória com a ex-CEO da TAP.

De visita à feira agropecuária Ovibeja, Paulo Raimundo recorreu ao provérbio “quando maio chegar quem não arou, vai ter que arar” ao ser questionado pelos jornalistas sobre a polémica em torno da reunião preparatória com a ex-CEO da TAP.

E acrescentou: “Há três coisas que temos certas: primeiro é que maio vai chegar, nesses acontecimentos todos, houve quem mentiu e vai ter que se explicar e a TAP, que é aquilo que está no alvo disto tudo, querem que seja privatizada”, afirmou.

Aludindo ainda ao mesmo provérbio, Paulo Raimundo admitiu que o primeiro-ministro, António Costa, “está à espera de maio” para falar sobre o assunto e voltou a dizer que “quando maio chegar alguém vai ter que se explicar”.

“Há um problema, que é uma evidência e já vale a pena perguntas, respostas ou combinações. A questão de facto é que alguém mentiu, alguém está a mentir, nesta situação toda e é preciso saber quem mentiu e isso é que deve ter explicação”, disse.

O líder comunista considerou que “o crime de grande dimensão que está em curso é a privatização da TAP” e defendeu que esse processo tem que ser travado e que a companhia aérea deve ter uma gestão pública.

Na comissão de inquérito, há “tanta berraria, tanto barulho, tantos casos se sucedem, é uma evidência e não há como esconder isso, mas, no fim do dia, o caminho acelerado é a privatização da TAP”, referiu.

“E este caminho é acompanhado por PS, PSD e Iniciativa Liberal. Tanta berraria para estarem todos de acordo”, frisou.

Quanto ao resto, realçou, “é esclarecer o que há para esclarecer, identificar quem mentiu, houve quem mentisse, não há nenhuma dúvida, e alguém vai ter que se explicar sobre isso”.

Acompanhado pelo deputado comunista eleito por Beja, João Dias, e outros dirigentes, o líder do PCP e o Presidente da República, que, à saída, fez um compasso de espera, cruzaram-se à entrada do certame e cumprimentaram-se com um aperto de mão.

“Boa visita. Está espetacular e com sorte ainda assiste aos Xutos & Pontapés e come qualquer coisa”, disse-lhe Marcelo Rebelo de Sousa, ao que Paulo Raimundo respondeu: “Pois claro. Acredito. Vamos lá ver essa agricultura. Boa viagem”, retorquiu.

Questionado sobre a falta de convites ao Governo para visitar a feira, o secretário-geral do PCP disse que “quem organiza convida quem entende”, mas reconheceu que “é justa a indignação dos agricultores, em particular, dos pequenos agricultores”.

“Temos tudo, temos a terra, temos agricultores empenhadíssimos, gente que ama a terra e a agricultura e o que falha é a política. Temos que ter uma opção de apoiar a produção e não apoiar para acabar a produção agrícola”, assinalou.

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