PCP defende que medidas do Governo para a habitação “são migalhas” e mera "lista de intenções"

Agência Lusa , CF
17 mar 2023, 12:43
Paulo Raimundo, PCP (Lusa)

“O Governo olha para a resolução do problema com injeção de dinheiros públicos em vez atacar onde deve atacar, que é nos lucros da banca e do setor imobiliário”, defendeu Paulo Raimundo

O secretário-geral do PCP defendeu esta sexta-feira que as medidas do “pacote para Habitação” aprovado pelo Governo “são migalhas” e que não atacam "o centro do problema” que disse ser os lucros da banca e do setor imobiliário.

Em declarações aos jornalistas, no Porto, a acompanhar o piquete de greve no Hospital de S. João, Paulo Raimundo considerou que as medidas propostas para fazer face ao problema habitacional do PS e PSD “vão no mesmo caminho” e que não passam de “uma lista de intenções”.

O Conselho de Ministros aprovou na quinta-feira o programa Mais Habitação composto por cinco eixos: aumentar a oferta de imóveis utilizados para fins de habitação, simplificar os processos de licenciamento, aumentar o número de casas no mercado de arrendamento, combater a especulação e proteger as famílias.

“O Governo olha para a resolução do problema com injeção de dinheiros públicos em vez atacar onde deve atacar, que é nos lucros da banca e do setor imobiliário”, defendeu.

Para o líder comunista, “o Governo vem dar umas migalhinhas”, apontando o dedo a PS e PSD: “Não é só o Governo porque o pacote do PS e do PSD vão no mesmo caminho, vem dar umas migalhinhas supostamente para atenuar o problema da habitação, mas passam ao lado dos cinco milhões de euros de lucro da banca por dia, completamente ao lado da especulação no setor imobiliário”.

Segundo Paulo Raimundo, o Governo “foi obrigado a ter que fazer alguma coisa” e “fez uma lista de intenções que passa ao lado daquilo que é determinante”.

“Não vai resolver o problema da habitação, que ontem [quinta-feira] foi agravado com o aumento das taxas de juro, não é possível enfrentar isso sem ir ao centro do problema, que é os lucros da banca, que passa ao lado de qualquer medida”, disse.

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