Comunistas pedem que Governo se desmarque da visita e falam numa "perigosa estratégia de EUA, NATO e UE"
O PCP condenou a visita da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos a Taiwan, apelidando a ida de Nancy Pelosi à ilha de "provocação montada pelos Estados Unidos", ido ao encontro da reação que a Rússia teve sobre a matéria. Num curto comunicado através do seu website, o partido alinha com as críticas russas feitas à visita.
“Esta provocação insere-se na estratégia de confrontação crescente do imperialismo contra a República Popular da China, instrumentalizando Taiwan e fomentando o separatismo para pôr em causa o ‘princípio de uma só China’, que os EUA têm vindo a seguir”, pode ler-se.
Frisando as “ações do imperialismo na região”, o PCP fala numa “perigosa estratégia agressiva e belicista promovida pelos EUA, a NATO e a UE”, referindo que essa mesma estratégia também está a ser utilizada na guerra da Ucrânia.
Recorde-se que o PCP se recusa a classificar a guerra na Ucrânia como uma invasão russa, tendo já, por várias vezes, condenado o Ocidente pelas atitudes tomadas contra a Rússia.
“O PCP exige o fim das provocações na região Ásia-Pacífico, das quais o Governo português se deve desmarcar”, conclui, apelando ao “desenvolvimento da luta pela paz, contra o militarismo e as ingerências do capitalismo”.