Atual treinador do Shabab Al-Ahli teve uma carreira maioritariamente no estrangeiro, mas não esconde o desejo de voltar ao país natal
Paulo Sousa, atual treinador do Shabab Al-Ahli, dos Emirados Árabes Unidos, mostrou esta quarta-feira vontade em regressar a Portugal, país natal onde começou a carreira de jogador e apenas treinou a seleção nacional de sub16
«Iniciei por fora a carreira de treinador nos clubes e isso acabou sempre por me afastar daquilo que é a nossa realidade. Sinto-me cada vez mais próximo de Portugal. Não sei se é para continuar nesta linha como treinador, mas penso que sim, porque assim o quero fazer e tenho essa projeção. Sinto essa necessidade de estar cada vez mais próximo e reconheço valor maior na expressão daquilo que fazemos bem», começou por dizer aos jornalistas na da terceira edição da cimeira Thinking Football.
Em junho, o técnico de 54 anos juntou-se ao clube do Médio Oriente, mas refere que, apesar de contratarem vários jogadores e treinadores, não conseguiu «entender o projeto-base».
«Os Emirados Árabes Unidos estão a investir de uma forma diferente em treinadores e jogadores, mas ainda não tive muito tempo para poder entender o seu projeto-base. É um mercado que tem vindo a crescer no Médio Oriente e penso que essa evolução não será curta a nível temporal. Posiciona-se logo a seguir à Arábia Saudita e ao Qatar», disse.
Por fim, o antigo internacional português, e duas vezes campeão europeu (Juventus em 1995/96 e Dortmund em 1996/97), Paulo Sousa, que começou a carreira no Benfica, falou sobre Rui Costa, com quem partilhou balneário.
«A comunicação tem uma influência grande, sobretudo para dimensionar o valor daquilo que é ser português. Nós temos valor e talento. Com as suas ideias e competências, esta nova geração [de dirigentes] vai influenciar ainda mais o trajeto feito em prol da integração e terá a humildade de reconhecer que essa unidade entre clubes é fundamental para o crescimento de todos», concluiu.