Sporting-Portimonense, 3-2 (destaques)

Rafael Vaz , Estádio de Alvalade, Lisboa
29 dez 2021, 23:23
Sporting-Portimonense (Lusa/Manuel de Almeida)

Paulinho, o homem golo a triplicar

A FIGURA: Paulinho, homem golo a triplicar

Andou distante do golo na primeira parte, com o desenho do costume: muito trabalho, mas talvez até pouca ganância na hora de rematar à baliza. Aqui e ali os adeptos foram demonstrando alguma impaciência, mas nada que abale o avançado leonino. Na etapa complementar apareceu novamente a trabalhar muito para a equipa, mas a isso juntou três golos à ponta de lança. Decisivo.

O MOMENTO: Paulinho dá início à reviravolta, minuto 66

Passavam oito minutos desde a expulsão de Pedro Sá, e o Sporting instalava-se cada vez mais na área adversária. Nuno Santos cruzou, Paulinho marcou o primeiro de três golos e a partir daí sentiu-se o inevitável: a vitória ia ser verde e branca.

OUTROS DESTAQUES

Nuno Santos

Um dos mais inconformados do Sporting esta noite. Basta olhar para a quantidade de vezes que os leões atacaram pelo seu lado em comparação com o corredor direito, ocupado por Esgaio. Entendeu-se bem tanto com os homens da frente como com Matheus Reis, o central do lado esquerdo, e os seus cruzamentos venenosos levaram várias vezes perigo à baliza de Samuel. Foi do seu pé esquerdo, de resto, que saiu a assistência para o 1-1 de Paulinho.

Sarabia

Perante uma primeira parte mais tímida de Pedro Gonçalves e Paulinho, foi Sarabia quem mais tentou mexer com o ataque do Sporting. Esteve perto do golo aos 18 minutos, mas o remate acrobático saiu por cima. Fora isso, deu-se sempre muito ao jogo, sempre a decidir bem, como sempre, e sempre a desequilibrar tecnicamente. Na segunda parte manteve o nível.

Matheus Reis

O que está a crescer Matheus Reis. Outrora um dos patinhos feios do plantel leonino, o brasileiro vai-se afirmando como uma opção bem viável para o centro da defesa e esta noite aventurou-se algumas vezes no ataque, provocando vários desequilíbrios na defensiva adversária – muitas vezes combinou com Nuno Santos, lá está. Fundamental também por ter estado na origem da expulsão de Pedro Sá, num grande lance individual.

Geny Catano

Mais um miúdo da formação lançado por Ruben Amorim. Geny entrou numa altura em que o Sporting ainda perdia e na tentativa de agitar as águas no corredor direito, e não se pode dizer que não tenha tentado. Noite para mais tarde recordar.

Nakajima

Aos poucos está a regressar ao nível que o fez chegar ao FC Porto. Jogou mais solto do que Angulo, por exemplo, e percebe-se bem porquê. Assim que Fabrício conseguia segurar a bola, era o nipónico que procurava. E Nakajima fazia o resto. Acrescentou alguma coisa quase sempre que teve a bola nos pés e ainda obrigou Adán a defesa apertadíssima logo aos dez minutos, como que a avisar ao que o Portimonense vinha.

Fabrício

Jogo muito ingrato para o avançado brasileiro, mas ainda assim com nota positiva. Foi a referência ofensiva da equipa e não teve tarefa nada fácil frente a Coates. Ainda assim, conseguiu segurar algumas bolas, o que permitiu à equipa algarvia respirar um pouco. Noite de sacrifício para Fabrício.

Fali Candé

Que dor de cabeça para o lado direito da defesa leonina. Protegido pelo sistema de três centrais, Candé não se envergonhou na hora de atacar e, quando deu, foi uma seta apontada à baliza de Adán. Ganhou várias vezes na velocidade à defesa verde e branca e teve papel fundamental no golo, num lance em que, lá está, apareceu nas costas de Gonçalo Inácio.

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