Paula Rego: Governo decreta um dia de luto nacional

Agência Lusa , CF
8 jun 2022, 13:20
Paula Rego (Direitos Reservados/ Facebook)

Fonte do executivo adiantou que a data para o dia de luto não está definida uma vez que ainda não estão marcadas as cerimónias fúnebres

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou esta quarta-feira que o Governo decidiu decretar um dia de luto nacional pela morte da pintora Paula Rego, destacando-a como uma artista de qualidade excecional e com grande reconhecimento internacional.

A pintora Paula Rego, uma das mais aclamadas e premiadas artistas portuguesas a nível internacional, morreu na manhã desta quarta-feira em Londres, aos 87 anos.

De acordo com o galerista Rui Brito, a artista "morreu calmamente em casa, junto dos filhos".

“O Governo decidiu decretar um Dia de Luto Nacional em homenagem à pintora Paula Rego”, refere uma nota de pesar divulgada pelo gabinete do primeiro-ministro.

Fonte do executivo adiantou à agência Lusa que desta vez não foi logo definida uma data para o dia de luto nacional porque ainda não estão marcadas as cerimónias fúnebres de Paula Rego.

“É uma questão que terá de ser gerida pela família da pintora”, justificou a mesma fonte.

No comunicado, António Costa salienta que Paula Rego “era uma artista de qualidade excecional, cuja obra alcançou um grande reconhecimento internacional”.

Em Braga, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já lamentou a morte da pintora, destacando a sua projeção no mundo.

Questionado pelos jornalistas, em Braga, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que era a artista plástica portuguesa "com maior projeção no mundo" desde a morte de Vieira da Silva.

Paula Rego estudou nos anos 1960 na Slade School of Art, em Londres, onde se radicou definitivamente a partir da década de 1970, mas com visitas regulares a Portugal, onde, em 2009, foi inaugurado um museu que acolhe parte da sua obra, a Casa das Histórias, em Cascais.

Nascida a 26 de janeiro de 1935, em Lisboa, foi galardoada, entre outros, com o Prémio Turner em 1989, e o Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso em 2013, além de ter sido distinguida com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada em 2004. Em 2010, recebeu da rainha Isabel II a Ordem do Império Britânico com o grau de Oficial, pela sua contribuição para as artes.

Em 2019, recebeu a Medalha de Mérito Cultural do Governo de Portugal.

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