REVISTA DE IMPRENSA || Governo pretende encerrar a Parvalorem até 2027
O rescaldo do colapso do antigo Banco Português de Negócios continua a pesar nas contas públicas quase duas décadas depois, avança o Diário de Notícias. O Tribunal de Contas estima que o BPN já tenha custado 5,9 mil milhões de euros ao Estado, e ainda resta uma dívida de 5 mil milhões por saldar, sobretudo através da Parvalorem, a empresa pública que gere os ativos tóxicos do banco.
Segundo o Orçamento do Estado para 2026, o Estado tem emprestados 9,9 mil milhões de euros a várias empresas públicas. Metade desse valor corresponde à dívida da Parvalorem, que se mantém estável desde 2020.
O Governo pretende encerrar a Parvalorem até 2027, num processo que inclui um plano de rescisões e a venda dos ativos ainda existentes - imóveis, participações empresariais e obras de arte - para amortizar parte da dívida.
Mesmo assim, o custo total do colapso do BPN pode ultrapassar os 10 mil milhões de euros, caso o plano de amortização falhe. A dívida do banco continua a representar um entrave à redução mais rápida do peso da dívida pública.