Paris 2024: Carini vai receber prémio como se tivesse sido campeã olímpica

3 ago, 11:29
Imane Khelif (Foto: EPA)

Federação Internacional de Boxe sai em defesa da boxista italiana que foi derrotada por uma das duas atletas intersexuais autorizadas a participar nos Jogos Olímpicos

O presidente da Federação Internacional de Boxe (IBA), Umar Kremlev, está determinado em proteger a pugilista italiana Angela Carini, depois da polémica derrota diante da argelina Imane Khelif, nos Jogos Olímpicos Paris2024, e anunciou que tem a intenção de pagar o prémio como se Carini tivesse sido campeã olímpica.

«Não pude ver as suas lágrimas. Não sou indiferente a essas situações e posso garantir que protegeremos todas as lutadoras. Não entendo porque eles estão a matar o boxe feminino», atirou o dirigente apontando o dedo ao Comité Olímpico Internacional, recordando que a IBA não permite que atletas intersexuais, como é o caso de Khelif, compitam em combates femininos.

Carini foi derrotada, na categoria de -66 quilos, por Khelif, uma das duas atletas intersexuais que recebeu autorização do COI para competir no boxe feminino nos Jogos Olímpicos. A outra é Lin Yu-ting, do Taiwan. Duas atletas que nasceram como mulheres, mas que têm variações inatas nas características do sexo – presentes desde o nascimento – que não se enquadram nas noções típicas do corpo feminino. O COI permitiu que estas duas atletas participassem nos Jogos, mas a IBA já tinha excluído Khelif, em 2023, da uma final em Nova Deli

«Apenas atletas femininas elegíveis devem competir no ringue, por razões de segurança», adianta Kremlev que, neste sentido, decidiu atribuir os prémios a Carini «como se ela fosse uma campeã olímpica».

A associação internacional de boxe vai premiar todos os pugilistas medalhados com ouro com 100 mil dólares, mas não esclareceu os valores que vai atribuir à boxista italiana.

Entretanto, Imane Khelif volta aos ringues este sábado, em combate dos quartos de final, frente à húngara Anna Luca Hamori.

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