Fatoumata Diallo está mas meias-finais: «Não queria fazer porcaria»

4 ago, 14:37
Fatoumata Diallo (JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA)

Atleta portuguesa volta a correr na próxima terça-feira, agora com os olhos nas finais

Fatoumata Diallo tornou este domingo realidade o sonho de estar nas meias-finais dos 400 metros barreiras dos Jogos Olímpicos Paris2024, mas a atleta portuguesa acredita que ainda pode chegar às finais e aproximar-se mais do seu recorde nacional.

«Estou muito contente. Estava um pouco nervosa, mas nada a ver com a concorrência, porque eu adoro correr com as melhores, adoro estar aqui. Era mais comigo mesma, não querer tocar na barreira, cair, não estar a controlar os nervos, fazer uma porcaria, não estar na altura que devia estar. Mas estou muito contente, o sonho está tornado realidade», revelou a jovem portuguesa, de 20 anos que vive nos arredores de Paris.

Fatoumata Diallo garantiu o apuramento direto para as meias-finais dos 400 metros barreiras de Paris2024, ao ser segunda na sua série da primeira eliminatória. «O objetivo era a meia-final, consegui. Agora, é continuar para dar muito melhor para ir para a final», pontuou.

Recordista nacional com 54,65 segundos, a estreante portuguesa ficou perto da sua melhor marca, correndo em 54,75 e sendo apenas superada na sua série pela jamaicana Rushell Clayton (54,32).

Numa prova em que se apuravam diretamente para as meias-finais as três primeiras de cada heat e os restantes três melhores tempos - as outras vão disputar a repescagem -, Diallo conseguiu o 11.º melhor registo, o que abre boas perspetivas para melhorar o seu recorde.

«Conseguir, consigo. Agora, vamos ver que cada percurso é diferente, a concorrência é diferente, mas eu espero sair daqui não com arrependimento, mas sim a dizer “dei tudo o que podia, não saio daqui arrependida”. Isso é o que eu quero que aconteça», respondeu, ao ser questionada sobre se poderia correr abaixo do registo deste domingo.

A atleta lusa assumiu que irá estar nervosa nas meias-finais, agendadas para as 20h07 locais (19h07 em Lisboa) de terça-feira, notando que é «normal», mas que tem estado a aprender mais sobre si nestas provas «com os grandes nomes».

«Temos que controlar os nervos, porque o trabalho já está feito. Aqui não muda nada. Só tens de controlar, aproveitar o máximo possível», defendeu.

Para Diallo, estar a estrear-se nuns Jogos Olímpicos, em Paris, onde vive, tem um sabor especial. «Eu vivo aqui perto [do Stade de France], é como se estivesse em casa. A minha família toda está aqui. Queria-lhes mostrar porque é que ando a sacrificar-me todos os dias, porque é que ando a trabalhar. E que não treinei quatro anos para nada», confessou ainda.

 

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