Papa pede “caridade concreta” para países que sofrem guerras e catástrofes

Agência Lusa , MM
19 fev 2023, 14:30
Papa Francisco (AP Images)

Na habitual oração do Angelus, na Praça de São Pedro, Francisco lembrou as "numerosas vítimas do terramoto" na Síria e na Turquia

O Papa Francisco pediu este domingo “caridade concreta” para todos os países que sofrem com guerras, pobreza e catástrofes naturais, na habitual oração do Angelus, na Praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano.

“O amor de Jesus pede-nos que nos deixemos tocar pelo sofrimento de quem sofre”, afirmou o Papa, referindo pensar “especialmente na Síria e Turquia, nas numerosas vítimas do terramoto”, mas também “nos dramas quotidianos do querido povo ucraniano e em tantos povos que sofrem com a guerra, a pobreza e a devastação ambiental”.

Francisco expressou ainda a sua proximidade à Nova Zelândia, devido ao ciclone que atingiu o país e que causou vítimas e avultados danos.

“Não esqueçamos aqueles que sofrem, que a nossa caridade seja atenta e concreta”, apelou o Papa.

O chefe de Estado do Vaticano enviou várias toneladas de alimentos para a zona da Turquia afetada pelo terramoto, segundo o cardeal Konrad Krajewski, esmoler pontifício.

A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados das Nações Unidas, que classificam esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

No sábado, responsáveis turcos elevaram para cerca de 40.000 o número de mortos devido aos sismos registados em 06 de fevereiro no sul do país, próximo da fronteira com a Síria, país em que já morreram perto de 4.000 pessoas, segundo dados oficiais.

A passagem do ciclone tropical Gabrielle pela Ilha Norte da Nova Zelândia deixou pelo menos três mortos e mais de 10.500 pessoas desalojadas, avançaram na quarta-feira as autoridades do país.

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