Suíça aprova lei que impõe "passaporte covid-19" para entrar em restaurantes, missas ou espetáculos

Agência Lusa , BCE
28 nov 2021, 20:26
Restaurantes verificam certificados digitais

O governo suíço está, assim, autorizado a impor o chamado "passaporte covid" a todos os cidadãos que queiram ter acesso a determinados serviços ou locais

Os suíços aprovaram este domingo, em referendo, a lei que permite ao Governo impor o chamado "passaporte covid" aos cidadãos que pretendam utilizar determinados serviços ou aceder a determinados locais.

Estes locais podem ser, por exemplo, restaurantes, cinemas, missas, e espaços de espetáculos ou eventos desportivos com mais de mil pessoas.

O sim à “lei covid” teve o apoio de 61% dos votantes, que não se deixaram convencer pela agressiva campanha organizada pelos opositores à norma de imposição do documento que prova que uma pessoa está completamente imunizada contra a covid-19, seja porque recebeu as doses necessárias de uma vacina ou porque tem um teste negativo.

A lei contempla ainda ajudas aos setores mais afetados economicamente pela pandemia.

Caso o “não” tivesse saído vencedor no referendo, o Governo não tinha forma de renovar essas ajudas, que expiram nos primeiros meses de 2022, mesmo que fossem consideradas necessárias.

Suíça torna-se palco de protestos contra a imposição do "passaporte covid"

Várias cidades suíças foram cenário nas últimas semanas de protestos contra a imposição do passaporte sanitário que, ao contrário de outros países europeus, não é necessário para utilizar transportes públicos ou para aceder ao local de trabalho.

Os promotores do referendo contra o documento sustentavam que a sua utilização cada vez mais generalizada discrimina os não vacinados, indo contra a sua liberdade individual e constituindo uma obrigação indireta de vacinação. 

Além disso, opunham-se ao rastreio eletrónico de contactos de uma pessoa contaminada, conforme está previsto na “lei covid”.

À exceção da extrema-direita, todos os partidos políticos suíços pediram aos cidadãos que apoiassem a norma legal, por a considerarem como única forma da população manter uma vida mais ou menos normal.

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