Nova variante foi descoberta em França
Pedro Simas desvalorizou o papel da nova variante descoberta em França, a IHU, que foi detetada em África em outubro e que agora foi identificada em 12 pessoas com histórico de viagem. Em declarações à CNN Portugal, o virologista considerou que “a probabilidade de esta variante que agora foi descoberta em França se tornar a prevalente é muito pequena”.
“Compare com a Ómicron. A Ómicron foi identificada nos primeiros dias de novembro, nos arredores de Joanesburgo. Em duas semanas, ela subiu a sua prevalência para 6%. A meio de dezembro, atingiu um pico e tinha uma dominância de quase 100%. Teve uma progressão vertiginosa. A probabilidade de esta variante que agora foi descoberta em França se tornar a prevalente é muito pequena.”
Pedro Simas explica que o facto de a variante Ómicron ser tão transmissível pode acabar por permitir que outras novas variantes não consigam ganhar terreno. “Outras variantes só conseguirão substituir a Ómicron se forem mais contagiosas. Assim como a Delta acabou com a Alpha, a Ómicron acabou com a Delta.”
Variantes mais contagiosas mas menos virulentas, é esse o futuro que o especialista antevê. Uma combinação entre a imunidade adquirida e as características únicas destas novas variantes, como é o caso da Ómicron, que infeta principalmente “as viseiras respiratórias”, acabando por não afetar tanto os pulmões.
“A variante Ómicron tem uma probabilidade de hospitalização de 15%, de acordo com um estudo publicado hoje no The New York Times. A estada do vírus também é mais curta e as pessoas que evoluem para tratamentos de cuidados intensivos é muito pequena”, explicou.