Milhares de australianos em novos protestos contra as vacinas da covid-19

Agência Lusa , WL
12 dez 2021, 12:01

Diferentes estados australianos têm lidado com a pandemia de forma distinta. Melbourne é a cidade do mundo com mais dias de confinamento

Milhares de pessoas manifestaram-se este fim de semana em várias cidades australianas contra a resposta do governo à pandemia e à vacinação obrigatória contra a covid-19.

No centro da cidade de Melbourne, no estado de Vitória, mais de mil pessoas reuniram-se pacificamente com bandeiras australianas e cartazes contra a vacinação e as restrições, enquanto gritavam slogans como "o meu corpo, a minha escolha".

Uma pequena mas destacada parte dos manifestantes tinha ligações com a ultra-direita e teorias da conspiração, de acordo com a emissora pública ABC.

As autoridades de Vitória, o segundo estado mais populoso do país e o mais duramente atingido pela pandemia, tornaram obrigatória a vacinação para aceder à maioria dos espaços públicos e locais de trabalho.

Melbourne, que em outubro se tornou a cidade do mundo com mais dias acumulados sob rigoroso confinamento, procura agora regressar à normalidade, com leis que penalizam quem optou por não se vacinar.

No estado de Queensland, milhares de pessoas também se mobilizaram hoje para protestar contra as vacinas, o confinamento e o uso obrigatório de máscaras.

A concentração na cidade de Coolangatta, perto da fronteira com o estado de Nova Gales do Sul, ocorreu horas depois de Queensland autorizar viagens de pessoas vacinadas de outros estados australianos.

Recuperar o ritmo

Após alguns atrasos na campanha de vacinação, a Austrália conseguiu recuperar, tornando-se num dos países com a maior taxa de inoculação, tendo 89% das pessoas com idade igual ou superior a 16 anos recebido duas doses da vacina.

Depois de fechar as fronteiras e implementar confinamentos em vários estados, a Austrália conseguiu limitar a propagação da covid-19, mas a variante Delta está a revelar-se mais difícil de controlar, levando as autoridades a apostarem na vacinação.

Desde o início da pandemia, o país, com 25 milhões de habitantes, registou 222 mil infeções e cerca de duas mil mortes.

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